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Servidores em greve da Ufam aprovam contraproposta da Fasubra



Data: 09/09/2015

Os técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram nesta quarta-feira (9), quando a categoria completa 108 dias em greve, contraproposta elaborada pela Fasubra, em resposta ao índice de 21,3% de reajuste salarial, proposto oficialmente pelo governo federal para ser pago em quatro parcelas a partir de 2016. A contraproposta dos servidores será apresentada na reunião com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), agendada para esta quinta-feira (10).

A decisão da categoria foi tomada em Assembleia Geral de greve realizada pelo Comando Local de Greve do Sintesam (CLG), realizada na parte externa do prédio da Reitoria da Ufam na manhã desta quarta-feira (9). A reunião teve a participação do representante do SINASEF, João Damasceno (IFAM).

No documento encaminhado à Fasubra, em 3 de setembro, o governo manteve a proposta anterior de 21,3% (em quatro anos) e aumento de benefícios (vale alimentação, auxílio creche e saúde). Em resposta, a Fasubra elaborou a contraproposta, com vários pontos de reivindicação, entre os quais o principal é o índice de 9,5% em 2016 e de 5,5% para 2017, para não ampliar as perdas.

Outros pontos são os índices de reajuste do step de 0,1% em 2016 e 0,1% em 2017 e a não absorção do VBC nos aumentos referentes aos reajustes previstos nesse acordo e alteração no parágrafo 3° do artigo 15 da Lei 11091/2005. A categoria aprovou a contraproposta com adendos que serão encaminhados à Federação ainda nesta quarta-feira. Entre os adendos estão a garantia de implementação de Lei que trata da negociação coletiva e instituição de data base no prazo de 180 dias e incluir janeiro como data obrigatória para os reajustes previstos no acordo.

Moções

A categoria também aprovou a elaboração de três moções (duas de repúdio e uma de solidariedade). A de solidariedade, proposta pelo coordenador geral do Sintesam, Ronaldo Vitoriano, em apoio irrestrito à luta dos servidores e estudantes da Universidade Federal da Integração Latina-Americana (Unila) pela manutenção da paridade no conselho superior da instituição.

A primeira de repúdio foi para a Reitoria da Ufam, na pessoa da professora Márcia Perales, que encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) denúncia contra o CLG, decorrente das ações de greve que fecharam o acesso à Prefeitura do Campus Universitário e CPD. A moção, que já havia sido apresentada na assembleia geral do dia 26 de agosto, teve o texto aprovado nesta quarta.

A segunda se destina ao professor Paulo Freire, da Faculdade de Educação (Faced) em repúdio ao ato do docente que postou em uma rede social uma nota desrespeitosa ao movimento dos estudantes que ocuparam o prédio da Reitoria, acampando no local. Na nota o professor cita: “Amor arranjei um jeito de dormirmos juntos. Vamos acampar na Reitoria”.

Na avaliação de conjuntura a coordenadora Geral do Sintesam, Crizolda Araújo, alertou que, apesar de não haver documento oficial, o conjunto dos reitores das Universidades públicas estaria pressionando o governo federal com parecer contrário à proposta de flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos das universidades para 30 horas.

O integrante do CLG/Sintesam, Sebastião Cabral, defendeu a aprovação da contraproposta e explicou que o CLG havia decidido em reunião propor à categoria pela aprovação do documento. O também coordenador geral do Sintesam, Carlos Almeida e o professor aposentado da Faculdade de Medicina, Mena Barreto Segadilha, também defenderam a aprovação da contraproposta. Mas deixaram claro que isso não significa o encerramento da greve antes da concretização do acordo com o governo federal.

A categoria aprovou ainda o calendário de greve com os atos programados para a semana incluindo a realização de nova assembleia de greve no hall da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), na próxima quarta-feira (16).

Fonte:
Sintesam



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