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Em Assembleia, professores da Ufam aprovam moção de repúdio à Reitoria e ao DCE



Data: 21/08/2015

Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em greve desde o dia 15 de junho, aprovaram a elaboração de uma Carta Manifesto a ser assinada por intelectuais e encaminhada ao Comando Nacional de Greve (CNG) com o objetivo de pressionar o ministro da Educação, Renato Janine, a negociar pessoalmente com os servidores das Instituições Federais de Ensino a pauta unificada de reivindicações. A decisão foi tomada em Assembleia Geral (AG), realizada nesta quinta (20) no Campus Universitário.

A proposta, apresentada de forma conjunta pelos professores Antônio Vale da Costa (Tomzé), 1º vice-presidente do Regional Norte do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), e Welton Oda, docente do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), foi aprovada, em votação em bloco, por ampla maioria dos presentes. Apenas três abstenções e um voto contrário foram registrados. No total, 74 docentes estiveram presentes na AG.

Moções de Repúdio


Além da Carta Manifesto, duas Moções de Repúdio foram deliberadas pela categoria. Dirigida aos Centros Acadêmicos de Direito e Medicina e ao Diretório Central dos Estudantes (DCE), a primeira moção buscar repudiar estes atores por terem atentado contra a autonomia universitária da Ufam ao impetrarem mandado de segurança solicitando à Justiça o impedimento da administração superior em deliberar sobre a suspensão do calendário acadêmico.

A segunda moção aprovada durante a AG tem como alvo a reitoria da Ufam, embasada em três pontos: ausência da defesa imediata e veemente da autonomia universitária por parte da Administração Superior da Ufam, após liminar judicial impedir o Consuni de deliberar sobre assuntos internos; a falta de transparência e a não avaliação política clara por parte da reitoria para que a comunidade acadêmica tomasse conhecimento do impacto dos cortes orçamentários na rotina da Ufam; e inabilidade e morosidade na condução do processo de recomposição do calendário acadêmico, gerando um caos na universidade. O texto será remetido ao CNG, para que seja dado amplo conhecimento nacional e encaminhado pelo Comando Nacional à Ufam.

Os professores aprovaram ainda a necessidade de reforçar, via CNG, a cobrança da auditoria cidadã da dívida, tendo como embasamento a exigência constitucional; a finalização da pauta específica da categoria com o encaminhamento para o CNG dos cinco pontos principais de reivindicação; e reforçar o índice linear de 27,3% estabelecido em consenso pelos servidores federais.

Fonte: ADUA



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