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Servidores Federais voltam às ruas em Brasília para pressionar por negociação



Nesta quinta-feira (6), servidores públicos federais de todo o país devem ocupar as ruas da Esplanada dos Ministérios da Capital Federal, em mais uma marcha à Brasília (DF). A manifestação tem por objetivo mostrar ao governo federal a disponibilidade de luta das diversas categorias do funcionalismo federal, e também cobrar a retomada das negociações em torno da pauta unificada apresentada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.  A Marcha irá percorrer a Esplanada partindo da Catedral de Brasília, rumo ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (bloco K), com concentração a partir das 9h.

Desde que a proposta apresentada pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) de reajuste (21,3%) parcelado em quatro anos foi amplamente rechaçada pelas entidades que compõem o Fórum, o governo não apresentou um novo cenário, e nem mesmo cumpriu o prazo que havia estipulado (31 de julho) para realizar nova reunião com o Fórum.

“Nós entendemos que o governo precisa responder à nossa negativa à proposta de reajuste parcelado, que foi apresentada pelo Planejamento. O Mpog disse que até o final de julho daria um retorno, o que não ocorreu. O Fórum dos SPF entende que a negativa em chamar uma reunião sobre a pauta unificada é que Planejamento se furta em negociar conosco coletivamente, e aposta nas mesas setoriais para dividir o movimento”, explica Valdeci Fontoura dos Santos, representante do Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN, que participou da última reunião do Fórum dos SPF, na segunda (3).

Fontoura dos Santos ressalta que, entretanto, o movimento está muito coeso.“Isso ficou comprovado na última Reunião dos SPF. Nós queremos negociar juntos a pauta unificada, que foi tirada coletivamente, e protocolada desde o início do ano junto ao governo”, afirmou.

O docente destaca ainda que o movimento paredista, tanto dos professores federais quanto dos demais servidores federais, é forte e crescente. “O nosso chamado é de que as bases venham para Brasília no dia da marcha [6], que venham somar conosco e mostrar que a disposição de luta permanece. Nós solicitamos uma audiência junto ao Mpog em nome do Fórum dos SPF, e esperamos que o Planejamento nos chame para discutir, negociar e apresente uma outra proposta, além de responder aos demais itens da pauta”, finalizou.

Greve

Docentes e técnicos da Educação Federal, representados pelo ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe estão em greve, junto com servidores do Judiciário, base da Fenajufe, da Saúde e Previdência Social (Fenasps), trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz e a base da Condsef.

Mobilização dos docentes

Além de organizar caravanas nos estados para a Marcha à Brasília, durante os próximos dias os docentes federais deverão intensificar a mobilização também pela negociação da pauta específica da categoria, junto ao Ministério da Educação. Para os dias 5 e 6, está marcada uma “Chuva de e-mails” ao ministro da educação (gabinetedoministro@mec.gov.br) pelo atendimento das reivindicações dos docentes, e também a divulgação massiva, nas redes socais das charges com o Ministro da Educação postadas no Facebook do ANDES-SN, com as hashtags #dialogajanine# e/ou #falasériojanine#.

Já na quinta-feira (6), os Comandos Locais de Greve deverão organizar ato, em unidade com estudantes e técnico-administrativos, “ABRE AS CONTAS REITOR (a)” nos prédios das reitorias, com objetivo de: a) cobrar dos reitores resposta a pauta local; b) exigir dados sobre as vagas docentes disponíveis e os impactos no funcionamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão; c) intensificar a cobrança dos impactos dos cortes de verbas de custeio e capital e posicionamento dos reitores e conselhos universitários sobre esses cortes em cada IFE.

Confira algumas das reivindicações da Campanha Unificada 2015 dos SPF:

Política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;

Índice linear de 27,3%; Data-base 1º de maio; Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);

Paridade Salarial entre ativos e aposentados;

Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;

Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;

Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes.

Fonte: ANDES-SN



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