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Reitoria reconhece greve na Ufam como legal e legítima



Data: 22.06.2015

Em reunião com o Comando Local Unificado de Greve (CLUG), nesta segunda-feira (22), a reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia Perales, reconheceu como legal e legítimo o movimento paredista deflagrado pelos docentes no dia 15 de junho. A Administração Superior também se comprometeu a realizar uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) até a próxima semana, para deliberar sobre a suspensão do calendário acadêmico a partir do início da greve.

O pedido foi feito pela entidade representativa da categoria, por meio do oficio 028/2015–ADUA, protocolizado pela seção sindical no dia 10 deste mês. No documento, é solicitada a reunião com o intuito de aprovar a suspensão do calendário acadêmico, com a consequente nulidade das atividades docentes exercidas a partir da deflagração da greve. Há outro movimento que pede a não suspensão do calendário.

“O conselho universitário não pode se furtar à sua responsabilidade que é discutir o que está acontecendo na Universidade Federal do Amazonas. Nós temos uma greve que é legitima e reconhecida pela administração superior. E nós temos outro movimento de professores que protocolaram um documento com outra solicitação”, disse a reitora, Márcia Perales.

Presidido pela reitora e com representação da Adua, o Consuni é formado ainda por diretores de unidades situadas em Manaus e fora da sede, representantes das unidades acadêmicas, dos discentes, dos técnico-administrativos e da comunidade externa.

Na última greve da categoria, que durou quatro meses, o Conselho Universitário (Consuni) da Ufam deliberou pela suspensão do calendário acadêmico 12 dias após a deflagração do movimento paredista, iniciado no dia 17 de maio de 2012. Por 31 votos favoráveis e sete contrários, o Conselho invalidou as atividades realizadas principalmente por professores contrários à greve e ainda aprovou uma moção de apoio à paralisação.

100% do calendário


O presidente da ADUA e membro do CLUG, José Alcimar de Oliveira, reiterou, durante a reunião, que o movimento paredista defende o cumprimento integral do calendário para qualidade acadêmica. Contudo, há um grupo de professores que defende o cumprimento de apenas 75% das disciplinas. “A gente quer o calendário cumprido em sua integralidade; os 75% é uma situação de excepcionalidade, que querem agora transformar em regra”, disse.

O vice-reitor, Hedinaldo Narciso Lima, disse que ninguém está autorizado para falar em nome da Administração Superior e que quem aderiu ao movimento tem respaldo para retomar as aulas a partir de onde foram paralisadas, ou seja, da deflagração da greve. Tanto Lima quanto o professor Nelson Noronha, pró-reitor adjunto da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG), foram enfáticos ao afirmar a impossibilidade de se acatar qualquer proposta que reduza o calendário acadêmico a apenas 75% das atividades, destacando ambos que a legislação exige o cumprimento de 100 dias de aula para validação do semestre letivo.

A reitora, Márcia Perales, também manifestou preocupação com o clima de tensão que tomou conta da universidade nos últimos dias e espera que a reunião do Consuni seja realizada com a mesma cordialidade que marcou o encontro desta segunda-feira.

O CLUG reafirma posicionamento já expressado publicamente, quando do início da paralisação, que os docentes e técnicos em greve dialoguem pacífica e democraticamente com os todos os segmentos da comunidade universitária. Na nota, o Comando de Greve “repudia qualquer forma de violência, seja física ou verbal, e reafirma seu compromisso com a democracia e com o respeito às pessoas e suas opiniões”.

Fonte: ADUA



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