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Negociação com governo não avança e universidades estaduais da Bahia seguem em greve



Data: 22/06/2015

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), em greve por direitos trabalhistas e aumento do orçamento para as instituições, tiveram mais uma reunião com o governo estadual na qual não houve avanços, na tarde de quinta-feira (18). O governo não apresentou concretamente a proposta para solucionar o déficit no quadro de vagas docente das Ueba, e nem uma contraproposta à minuta de substituição da Lei 7176/97 - que ataca a autonomia universitária.

Os docentes exigiram documento com resposta do governo à pauta 2015 e seguem intensificando as mobilizações - reivindicando nova reunião o mais breve possível. Para a reunião de quinta-feira, os docentes esperavam que o governo trouxesse uma proposta concreta, que constasse o número de vagas que os gestores pretendem disponibilizar para a alteração do quadro atual, das promoções. Ainda era aguardada uma contraproposta aos outros pontos da pauta de reivindicações, que até o momento o governo se nega a negociar.

Inicialmente a proposta do governo foi apenas 20 vagas para cada uma das quatro universidades, o que contempla somente pequena parcela dos professores, não resolve o problema e representa um desrespeito à categoria. Outra evidência que comprova o desinteresse do governo em solucionar os problemas das Ueba é o fato de tentarem agendar a próxima reunião apenas para o dia 4 de agosto, para responder sobre a minuta substitutiva da 7176/97, apresentada pelo Fórum das ADs – que agrega as seções sindicais do ANDES-SN das quatro Ueba.

Governo impede Reitor de participar da reunião

Convidado a participar da reunião pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs – Seção Sindical do ANDES-SN), o reitor da Uefs, Evandro do Nascimento compareceu à atividade. Para a surpresa de todos, o administrador central foi impedido pelo chefe de gabinete da Secretaria de Educação (SEC), Wilton Cunha, de participar da reunião. A intenção do reitor era ficar como observador e, quando possível, colaborar nas negociações.

Segundo os representantes do Fórum das ADs, a atitude do representante do governo é mais um exemplo da indisposição e falta de interesse do executivo baiano em avançar nas negociações. Desde o início das discussões, há 37 dias, representantes das categorias dos estudantes e dos técnicos já participaram dos debates sobre a pauta de reivindicações 2015. Apenas o reitor da Uefs, na tentativa de contribuir com as negociações, foi barrado. A atitude do governo foi repudiada pelos docentes, que consideram a ação autoritária e antidemocrática.

Edição de ANDES-SN. Imagem de Aduneb-SSind.

Fonte: Aduneb-SSind



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