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Greve na Ufam: docentes intensificam mobilização



Data: 18/06/2015

Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em greve por tempo indeterminado, realizaram nesta quinta-feira (18) uma caminhada pelas unidades acadêmicas no setor Norte do campus universitário para fortalecer a paralisação. A ação faz parte do calendário do movimento paredista, que inclui também a realização de atividades culturais na sede, nos turnos vespertino e noturno. Docentes e estudantes fizeram visitas as salas de aula do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), Faculdade de Estudos Sociais (FES) e Faculdade de Educação (Faced).

Em visita ao bloco de Artes, o membro do comando de greve e primeiro vice-presidente do Regional Norte do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Tomzé Vale da Costa, ressaltou que a greve deliberada durante a assembleia, no último dia 9 de junho, é legítima e tem como um dos objetivos o combate à precarização da educação pública brasileira.

Favoráveis ao movimento paredista, muitos alunos informaram aos professores que são obrigados a comparecer às aulas mediante ameaças de reprovação por falta. Aluno do primeiro período do curso de Artes Visuais, Kevin Morais, que deixou a sala de aula para se juntar ao grupo, afirmou que computadores quebrados nos laboratórios de informáticas utilizados pelos alunos nas disciplinas gráficas e até a carência de material cerâmico são exemplos da falta de estrutura enfrentada pelos estudantes de Artes, dentro da Ufam.

“Apoio a greve porque os professores têm direito a um salário melhor. Falta estrutura para os laboratórios. Nem todos os computadores funcionam. E estamos sendo coagidos a continuar assistindo aula porque a coordenação informou que seríamos reprovados por falta”, disse.

Convencido de que a greve é o único mecanismo eficaz para a obtenção da pauta reivindicada, o professor Evandro Morais, que ministrava aula na turma de Kevin, também saiu de sala para marchar junto aos alunos e professores favoráveis à luta.
“A greve é o último recursos que nós temos para reivindicar melhorias para a educação. Votei a favor da greve e pretendo seguir com o grupo”, disse.

Empunhando cartazes e palavras de ordem, os docentes chamaram os estudantes a se rebelarem contra o assédio moral que vem sendo praticado contra os discentes, dentro da universidade, com o objetivo de enfraquecer o movimento e confundir a sociedade sobre a intensidade do movimento paredista.

Durante a manifestação se estabeleceu diálogo também com estudantes e professores dos cursos de Administração e Pedagogia.  Assistindo, no auditório Jatapú, a primeira aula da disciplina de Educação na Região Amazônica, desde que o período iniciou, após a professora pedir afastamento por doença, o estudante do terceiro período de Pedagogia, Janderson Bragança contou que mesmo prejudicado com o atraso em duas disciplinas, neste período, é favorável a greve docente. “Sou a favor da greve. Esta é primeira aula de reposição que assisto, pois a professora vinha, depois faltava e agora pediu afastamento. Esta não é a única disciplina em que estamos prejudicados”, afirmou.

Fonte: ADUA



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