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Com servidores em greve, Unifap suspende calendário letivo de 2015



Data: 15/06/2015

O Conselho Universitário (Consu) da Universidade Federal do Amapá (Unifap) aprovou na última terça-feira (9) a suspensão do calendário acadêmico referente ao primeiro semestre de 2015. A decisão tem como base a greve dos docentes e técnicos, atendendo a mobilização nacional da categoria. O pedido de suspensão partiu do Sindicato dos Docentes da Unifap (Sindufap).

A medida determina que todas as atividades feitas por professores que não aderiram à greve, sobretudo nos cursos de Direiro e Medicina, sejam anuladas a partir do dia 28 de maio, quando o movimento foi deflagrado. Segundo a Unifap, 95% dos professores e técnicos entraram de greve, por tempo indeterminado.

Depois de três horas de debate, que reuniu alunos e professores que estavam a favor e contra a suspensão do calendário, o Conselho determinou que as atividades sejam invalidadas até o fim da greve.

De acordo com o Conselho Universitário, só com o fim da greve será elaborado um novo calendário letivo, para que os alunos tenham os 200 dias de aulas.

De acordo com a presidente do Sindufap, Érika Azevedo, o posicionamento do Consu em relação à greve dos professores pode ser contabilizado como uma vitória da categoria em âmbito local. “Isso confirma a decisão da maioria, em um movimento democrático. Alguns cursos estavam com aulas, mas outros não e isso gerava problemas. Por isso, o conselho decidiu pela suspensão, visando à organização do calendário”, explicou.

A acadêmica do 7º semestre de medicina, Raila Linhares, não concorda com a decisão do conselho e afirma que a suspensão nas atividades acadêmicas vai prejudicar as aulas nos cursos em que não houve a adesão à greve. “O curso de medicina funciona com metodologia diferente, por meio de módulos. Desde o ano passado há esse problema com calendário, que pode prejudicar inclusive o estágio obrigatório em hospitais. Essa suspensão vai prejudicar tanto os acadêmicos quanto as instituições que necessitam da presença dos estudantes”, ressaltou.

Greve

A categoria dos professores da Unifap decidiu entrar em greve no dia 28 de maio atendendo a mobilização nacional que cobra a reestruturação da carreira docente, além de investimentos no ensino superior.

Os técnicos, que também deflagraram greve, cobram um aumento de 27% no salário base, redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, entre outras causas. São ao todo 287 técnicos, dos quais 30% serão mantidos para a execução dos serviços essenciais, como pagamentos e serviços.

Imagem: Jéssica Alves/G1 Amapá

Fonte:
G1 AP



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