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Professores da Educação Básica em greve radicalizam ações em vários estados



Data: 29/05/2015

Os professores do ensino básico da rede pública continuam em greve em vários estados do país. Em alguns locais, os governos se negam a dialogar com os professores, já em outros, apresentam propostas que não atendem às reivindicações dos docentes. Diante de tanto descaso os professores da rede estadual resolverem radicalizar os protestos, como em Santa Catarina.

Há mais de dois meses em greve, professores de arte se acorrentaram na última segunda-feira (25) a uma árvore na Praça XV de Novembro, no centro histórico de Florianópolis, em protesto contra o governo que não negocia com a categoria. Outra ação promovida pelos professores é a ocupação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) há mais de 30 dias. A greve conta com adesão de 30% da categoria e não foi julgada ilegal, ainda assim, os trabalhadores são submetidos a duros ataques com explícito objetivo de minar o direito de mobilização dos professores e de fazer valer seu direito de greve. A principal reivindicação é o plano de carreira da categoria e o reajuste de 13,01% para toda a categoria.

Em Sergipe, professores ocupam a sede do Governo Estadual desde quarta-feira (27) algemados. Os educadores exigem que o governador Jackson Barreto (PMDB) os receba para discutir o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). A categoria está em greve desde o último dia 18. Na última sexta-feira, 22, o juiz José dos Anjos, acatou liminar do Governo do Estado pedindo a ilegalidade do movimento, mas a categoria decidiu pagar multa diária de R$ 10 mil e dar continuidade à greve.

No Pará, a greve dos professores da rede estadual de ensino no Pará continua após mais de dois meses sem aulas. Os manifestantes decidiram mobilizar as escolas na nesta quinta-feira (28) e participar do ato na sexta-feira (29), Dia Nacional de Paralisação, convocado pelas centrais sindicais.

No Paraná, a proposta apresentada pelo governo na terça-feira (26) foi considerada “imoral” pelo APP-Sindicato. O governo propôs pagar 3,45% de reposição, parcelado em três vezes: setembro, outubro e novembro de 2015. “A defesa da entidade e dos demais sindicatos de servidores continua de reposição da inflação do período, que é 8,17%, em parcela única”, disse o Sindicato, em nota.

Em Goiás, os professores também estão em greve há mais de 15 dias e enfrentam a criminalização e judicialização do movimento. Diversos manifestantes foram agredidos pela polícia muncipal em manifestação na praça central de Goiânia no início do mês. O Ministério Público do Goiás já informou que irá entrar com ação para cobrar do governo estadual o pagamento do piso nacional aos professores.

Em São Paulo, mais de 20 mil professores se reuniram em assembleia estadual no vão do Masp, Avenida Paulista, em assembleia que aprovou um calendário de mobilizações que se iniciou no domingo, 24, com professores vistando igrejas, templos e a outros centros religiosos para ler carta aberta à população explicando os motivos da greve. Além de visitas às escolas para dialogar com outros professores e alunos, com panfletagem, carros de som para dialogar com a população. Pedágios no trânsito também serão realizadas e arrecadação de recursos, inclusive alimentos, para o fundo de greve. Os professores aprovaram ainda a intensificação à operação “caça Alckmin” em todo o Estado, além de fazer um varal em frente a Secretaria de Estado da Educação com os holerites “zerados”. Os docentes ainda participarão do Dia Nacional de Mobilização e Paralisações no mesmo dia 29 de maio contra o PLC 30/2015 (terceirização), contra as Medidas Provisórias 664 e 665, em defesa da democracia e contra o ajuste fiscal.

*Com informações da CSP-Conlutas, Em movimento e G1
* Jorge Henrique/Futura Press/Estadão Conteúdo


Fonte:
ANDES-SN



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