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Cantina na FCA/Ufam é interditada por falta de condições sanitárias



A Equipe de Vigilância do Subsistema Integrado de Atenção a Saúde do Servidor (Siass) interditou o restaurante MD Fagundes, na Universidade Federal do Amazonas, por falta de condições sanitárias. O empreendimento funcionava no hall da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), no setor Sul do Campus Universitário.

Durante inspeção realizada no dia 7 de abril, fiscais encontraram vários produtos vencidos e condições sanitárias inadequadas para o armazenamento e oferta dos itens alimentícios. “Havia hambúrgueres estragados, pães com bolor, todos colocados para consumo, junto com salgados sem procedência. Além disso, funcionários fumando no ambiente de recepção da alimentação [as guarnições e o prato principal eram produzidos em uma cantina fora da sede da instituição]”, informou a técnica da Equipe de Vigilância, Sandra Amancio.

Segundo a fiscal, o restaurante também não possuía dispositivos de segurança e de combate a sinistros, como extintores de incêndio. Ela ressalta que essa não foi a primeira vez que o empreendimento foi notificado. “Em outras duas ocasiões já havíamos encontrado algumas irregularidades e demos prazo para correção”, disse.

Além de Sandra, participaram da ação de fiscalização a técnica Marluce Sampaio e a nutricionista Alessandra Carla de Oliveira, com apoio de um agente do Departamento de Vigilância Sanitária (Dvisa) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), equipe que, desde meados de 2014, realiza inspeções regulares nos lanches e restaurantes na Ufam. O empreendimento foi lacrado dia 10 deste mês.

Justificativa

O proprietário do restaurante, Maxwell Fagundes, confirmou a existência de produtos com prazo de validade vencido, mas ressaltou que eles não estavam disponíveis para consumo. “Havia sim [produtos vencidos], o que não quer dizer que seriam usados. Ocorre que o restaurante não funcionou durante alguns dias nas férias [recesso acadêmico em março] e também na Semana Santa [início de abril]. Quando retornamos, não tivemos tempo hábil para trocar os produtos antes da fiscalização”, justificou o empresário, acrescentando que já havia comprado todos os itens de consumo. “Os produtos vencidos seriam eliminados”, completou.

Sobre o uso de cigarro por parte de funcionário, Fagundes disse que essa atitude é “inegável”. “Eu sempre criticava um trabalhador em virtude do uso do cigarro. E também dava orientações para que deixasse de fumar, por uma questão da saúde”, afirmou. No entanto, ele destacou que isso ocorria fora do ambiente de trabalho.

O empreendimento empregava oito trabalhadores, que, de acordo com Fagundes, estão sob aviso de retorno às atividades. O restaurante servia entre 150 e 200 refeições por dia, atendendo principalmente professores, técnico-administrativos, pesquisadores e, em menor percentual, estudantes.

A MD Fagundes iniciou suas atividades na Ufam em novembro de 2013 e desde o fim do ano passado, segundo o proprietário, tenta a renovação do contrato. “Fechamos o local em virtude de uma ordem de desocupação. O nosso intuito é resolver o problema de forma adequada. Se recebermos autorização, voltaremos a funcionar na próxima semana”, disse o empresário. Ele tenta uma reunião com a Administração Superior ainda esta semana.

Providências

À reportagem da ADUA, o pró-reitor de Administração e Finanças da Ufam, professor Armando Araújo, confirmou os motivos da interdição e disse que a empresa não cumpriu os prazos determinados após as fiscalizações. “Essa medida visa preservar a segurança e a saúde da comunidade acadêmica”, disse.

Segundo Araújo, a instituição já está tomando as medidas para reabertura do espaço. “Estamos providenciando a abertura de um novo processo para um novo permissionário. O termo de referência deve ficar pronto na próxima semana para que a licitação ocorra em maio”, explicou. A previsão é que o serviço volte a ser oferecido no local a partir de junho.

Fonte: ADUA



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