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  09/03/2023



ADUA integra ato no Dia Internacional de Luta das Mulheres



 

Na tarde do 8 de março, docentes sindicalizados e sindicalizadas à ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN estiveram presentes na mobilização do Dia Internacional de Luta das Mulheres, em Manaus (AM). O ato começou com concentração na Praça da Saudade, em seguida as centenas de pessoas caminharam em direção ao Largo São Sebastião. Com mote “o futuro é feminino”, a manifestação reuniu representações de mais de 50 entidades, organizações da sociedade civil, coletivos e movimentos sociais para dizer não ao machismo, à misoginia e ao feminicídio.

 

A primeira secretária da ADUA, Ana Cláudia Nogueira, enfatizou que em pleno século XXI as mulheres ainda são vítimas de violência.  “Nós estamos cansadas de sermos violentadas, estamos cansadas de sermos assediadas. Essa luta é das mulheres indígenas, das mulheres brancas, das mulheres trans, das mulheres negras, de todas. E não basta dar flores, não basta dar parabéns. O patriarcado está enraizado na sociedade brasileira e esse patriarcado precisa ser rompido porque quem pare essa pátria somos nós, e nós precisamos e merecemos respeito. O dia 8 não é um dia de flores, é um dia luta!”, enfatizou a docente durante fala pública na manifestação. 

 

 

 

Em cartazes, faixas e bandeiras, a mensagem de defesa da Amazônia, dos povos indígenas, da democracia, por emprego e educação também foi ecoada na caminhada ritmada por mulheres do povo negro, indígenas, estudantes, crianças, idosas(os), adolescentes e pessoas LGBTQIAP+.

 

 

 

A mobilização teve forte presença das mulheres indígenas. A indígena e docente Danielle Nogueira, primeira mulher da sua família a concluir um curso de graduação, destacou a importância de marcar o 8 de março nas ruas. “É um dia histórico, um dia de rememorar as mulheres que vieram antes, as mulheres que estão vindo agora para a garantia do nosso futuro. Nós que somos plurais, diversas. Nesse momento é importante estar marcando o espaço enquanto mulher, enquanto professora, filha, amiga, irmã, porque a luta é plural, e ela representa muito. Nós somos todas contemporâneas, nós somos ancestrais e precisamos manter esse lugar, ocupar e transformar”.

 

 

“Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista”, foi umas das palavras de ordem entoadas em coro nas ruas do centro da cidade. 

 

Em sua primeira participação em um ato público nas ruas, a auxiliar de serviços gerais, Adna Mendonça, declarou que foi algo emocionante, muito além de uma simples caminhada.  “Ali pude ver também que as pessoas em minha volta, companheiros e companheiras de trabalho, dentre eles até homens, estavam empenhados na causa da igualdade. Eu me senti valorizada, naquele momento onde discussões abraçaram a causa em defesa da mulher. Várias pessoas de cor, raça, diferentes, fiquei surpresa de ver todos participando de um movimento tão bonito quanto este. Só assistia essas passeatas por televisão, de fato nunca havia participado de uma manifestação de grande proporção. Na caminhada fiquei até emocionada, mas me contive com os abraços dos colegas em minha volta. O que observei foi que só uma pequena parcela de homens estava nos apoiando. Vi a positividade dessas lutas, de recuperar nossa dignidade e recontar a história das lutas das mulheres que estão na luta pela transformação geral da sociedade”.

 

"Pela Vida das Mulheres", o ANDES-SN e suas seções sindicais somaram-se aos atos que denunciaram todo tipo de violência contra as mulheres. Homenagens à vereadora Marielle Franco, assassinada há cinco anos, também foram incorporadas à pauta dos protestos em diversos estados.

 

“É importante a gente deixar claro que o dia das mulheres são todos os dias, mas esse dia [o 8 de março] é um dia simbólico pra gente denunciar todas essas atrocidades, esses ataques, todo o machismo que a sociedade exerce ainda sob as mulheres. É um momento que a gente tem pra conversar com os demais colegas, alertar as meninas que estão vindo por aí, sobre a importância de  valorizar as mulheres”, enfatizou primeira tesoureira da Regional Norte I do Sindicato Nacional e sindicalizada à ADUA, professora Ana Lúcia Gomes.

 

A ADUA reitera a defesa de ações que somem forças ao fortalecimento da garantia dos direitos das mulheres por igualdade de gênero e um mundo sem violência.


Pelo fim do machismo, do patriarcalismo e da misoginia!
Basta de feminicídio!
Respeito às mulheres trabalhadoras!

 

ADUA em Luta!

 

Fonte: ADUA 

 

Fotos: Sue Anne Cursino/Ascom ADUA

 

 

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Artigo: Mulher: natureza, trabalho e classe, - por José Alcimar de Oliveira 

 



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