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Sem aulas pela greve dos professores, alunos da Esbam protestam em Manaus



Alunos da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam) realizaram, na noite desta quarta-feira (15), um protesto em frente a instituição, contra a falta de aulas devido à greve dos professores da faculdade, que estão sem receber desde novembro do ano passado. Realizada em frente à instituição localizada na Rua Rio Javari, zona centro-sul de Manaus, a manifestação foi encabeçada por alunos do curso de medicina veterinária, mas estudantes de biologia e serviço social também estão sendo afetados pela paralisação.

No oitavo período de veterinária, Adriana Ayres informou que, desde o começo do período, as aulas estavam prejudicadas, mas, há uma semana, as atividades pararam totalmente. "Os professores estavam dando aula em consideração aos alunos, pois, desde novembro, estão sem receber. Vamos continuar as manifestações até que a situação seja normalizada", disse a estudante, que afirmou pagar R$ 1.059 na mensalidade do curso.

Também estudante de medicina veterinária, que possui cerca de 300 alunos, Dani Assis lembrou que a situação afeta professores que possuem contas a pagar e filhos. Ela ainda revelou o medo de ter o semestre todo prejudicado pela greve. "Tenho colegas que lutam muito para estudar e praticamente todo o salário vai para pagar a mensalidade, sem contar os alunos que precisam apenas apresentar o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e não conseguem", ressaltou.

Coordenadora explica motivos da greve

A coordenadora pedagógica da Esbam, Marta Rocha, destacou que 160 professores sofrem com o problema. "Estamos enfrentando uma crise desde o ano passado, com o bloqueio de recursos (cerca de R$ 3 milhões) do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). A greve iniciou em janeiro de 2015 e, em fevereiro, fizemos um pagamento antecipado, mas a justiça do trabalho entendeu que estávamos tentando enfraquecer o movimento grevista", explicou a coordenadora.

Marta Rocha informou, ainda, que a Esbam foi contemplada no Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies) e que o recurso deve ser disponibilizado para pagar os professores e demais funcionários, mas aguarda decisão da juíza Jaiza Fraxe para poder conseguir liberação dos recursos para uma conta direto aos beneficiários.

"A última posição que tivemos é que ela teria dado um prazo de até cinco dias para dar sua decisão, e esse prazo termina nesta sexta-feira", completou a coordenadora, que afirmou serem necessários R$ 2,6 milhões para arcar com as despesas da folha de pagamento dos colaboradores.

Em dezembro de 2014, o Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª região) já havia recebido um grupo de professores da Esbam que denunciaram o grande volume de débitos trabalhistas da instituição de ensino com a categoria. À época, segundo os denunciantes, a faculdade não havia efetuado o pagamento dos salários dos meses de setembro, outubro, novembro e da primeira quinzena de dezembro de 2014, além do 13º salário integral deste ano, recebimento das férias, além de valores referentes à aplicação das provas substitutivas e planos de estudo.

 Fonte: Portal D24am



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