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UFPR sente os impactos da redução do orçamento



O corte de gastos do governo federal no início do ano afetou principalmente a educação. Com R$ 7 bilhões a menos no orçamento do Ministério da Educação (MEC), a “Pátria Educadora” tem sentido os efeitos: bloqueio de um terço das verbas das universidades federais.

Como consequência, muitas instituições estão com atraso no pagamento de bolsas-permanência, corte de viagens de docentes e alunos – para participação em congressos – e redução com gastos de materiais como papel, tonner e até água e luz.

A crise que assola o país, também está dentro das universidades e prejudica toda a comunidade acadêmica que vive em meio ao caos e à falta de recursos, de acordo com a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind).

“A situação nas universidades federais é uma vergonha para o governo. Algumas instituições não puderam iniciar as aulas devido à falta de funcionários – e esse não é um caso único. São diversas universidades que estão sentindo o corte no orçamento”, afirmou o presidente da APUFPR-SSind, João Negrão.

UFPR

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), servidores e alunos estão sendo prejudicados pela economia do governo. Corte de bolsas, falta de materiais, limitação em pesquisas e extensão e salário estagnado dos docentes são alguns dos problemas que a Universidade vem enfrentando.

Além disso, os trabalhadores terceirizados também têm sofrido os impactos da crise. As estruturas dos prédios da UFPR também são outro problema que parecem distantes de serem resolvidos.

“Não sabemos se o prédio em que os servidores estão trabalhando é seguro. Muitos estão com problemas e não temos uma resposta a eles. Além disso, o Restaurante Universitário (RU) do campus Jardim Botânico possui rachaduras por toda a extensão das paredes e, por isso, foi interditado. Mesmo assim, voltou a ser liberado sem nenhuma mudança ou pelo menos um laudo que comprove a segurança dos usuários”, declarou Negrão.

Ainda, com a adesão do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi prometido pelo reitor o aumento de verbas para o hospital, o que de fato não ocorreu.

“O governo está sucateando a educação, que está cada vez mais precária. Se continuarmos sentados, veremos a nossa e outras universidades sendo pisoteadas”, concluiu Negrão.

Fonte: APUFPR-SSind



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