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Paralisação e debates marcam lutas dos docentes federais nos estados



O desmonte da educação pública diante da política de ajuste do governo federal e o projeto de lei 4330, que abre caminho para terceirização de todos os postos de trabalho, foram os principais temas discutidos nas IFE entre os dias 7 e 9 de abril, ao longo das atividades da Jornada de Lutas dos SPF.

Como parte da Jornada Nacional de Lutas dos Servidores Públicos Federais (SPF), que unifica as demandas de diferentes categorias do funcionalismo público do Brasil, diversas seções sindicais do ANDES-SN realizaram, entre os dias 7 e 9 de abril, paralisações, manifestações, panfletagens e debates junto à comunidade acadêmica das IFE, e em conjunto com demais categorias dos SPF. Entre as reivindicações estão as demandas locais de cada instituição federal de ensino combinadas com a pauta nacional do Setor das Ifes e do Fórum dos SPF.

No dia 7 de abril, na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), a Associação dos Docentes da Ufpel - Seção Sindical do ANDES-SN (Adufpel - SSind) organizou paralisação no campus Anglo em defesa de serviços públicos de qualidade, o que inclui a educação pública. Além disso, a categoria se posicionou contra as privatizações, a terceirização, os cortes de direitos e a precarização da instituição de ensino. A Adufpel realizou também um debate na universidade sobre a situação da educação pública e preparação de estratégias de mobilização, envolvendo técnico-administrativos e estudantes.

Na Universidade Federal do Pará (Ufpa), a Jornada Nacional de Lutas dos SPF começou, em Belém, com o fechamento dos portões da instituição. Organizado pela Associação Docente da Universidade Federal do Pará -- Seção Sindical do ANDES-SN (Adufpa-SSind), um ato foi realizado na ponte que divide o campus do Profissional do campus de Saúde. Docentes, técnico-administrativos e estudantes em luta em defesa da educação pública e de melhorias no serviço público participaram.

Na Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm), a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sesdufsm), realizou diferentes atividades nos dias 7 e 8 de abril. No primeiro dia da jornada, foi organizada uma manifestação no arco de entrada do campus, em Camobi, com distribuição de panfletos, enfatizando a defesa da educação pública e reivindicando a reabertura por parte do governo da negociação com os servidores federais. A atividade contou com a participação dos técnico-administrativos em educação (TAEs) e recebeu o apoio de estudantes. No dia 8 de abril, a categoria docente discutiu acerca da Ebserh, salientando as consequências negativas da entrada do modelo de gestão privada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Atividades de panfletagem também foram realizadas nos campi do Cesnors, em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

 A Associação Docente da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) promoveu, no dia 7 de abril, um café da manhã para mobilizar os professores federais para as reivindicações da categoria e discutir o panorama político-sindical. No primeiro dia da jornada, data em que também se comemora o Dia Mundial da Saúde, a Associação Docente da Universidade Federal Fluminense (Aduff-SSind) participou de um protesto contra a privatização da saúde, organizado pelo Fórum em Defesa da Saúde no Rio, ao lado de movimentos sociais e outras entidades sindicais ligadas ao funcionalismo.  No dia seguinte, a Aduff-SSind promoveu uma roda de conversa, contando com a participação também dos estudantes, para debater a situação atual da instituição diante da política de ajuste fiscal do governo. Após a atividade de panfletagem na rua, organizada em frente à reitoria da UFF, os participantes frisaram a importância da mobilização de toda comunidade para reverter o agravamento do quadro de precarização na UFF.

No campo do Goytacazes, docentes, técnicos e estudantes da UFF realizam ato por melhores condições de trabalho e estudo e contra a política de expansão precarizada na IFE. Já no campo Rio das Ostras, estudantes, técnico-administrativos e professores saíram às ruas com panfletos e cartazes para dialogar com a população do município acerca da precarização da instituição e mostrar o descontentamento da comunidade com as péssimas condições de trabalho.

Além disso, no dia 8 de abril, a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Pampa (Sesunipampa) organizou, no campus de Santana do Livramento da Unipampa, uma paralisação parcial da categoria docente. Além de uma reunião para discutir as pautas ligadas à categoria, ao desmonte da educação pública e ao PL 4330, referente à terceirização. Em São Gabriel, os docentes construíram uma manifestação no início dos turnos de aula. A atividade contou com a presença de estudantes e representantes dos técnico-administrativos.

Também na quarta-feira (8), a Associação Docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj-SSind) organizou um debate sobre salário e carreira docente, apontando a educação como um dos setores mais atingidos pela atual política de austeridade do governo federal. No dia 9 de abril, a Adufrj-SSind  promoveu uma discussão acerca do Funpresp, no debate “O futuro terceirizado: Funpresp”, realizado no campus da Praia Vermelha. Na mesma data, a Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS realizou uma audiência pública sobre a crise na instituição “A precarização em debate”, que apresentou os principais elementos que levaram à precarização e à crise na UFRGS. Entidades representativas dos estudantes da graduação e pós-graduação e dos técnicos-administrativos participaram da organização do evento.

No mesmo dia, a Associação Docente da Universidade Federal do Acre (Adufac) organizou um ato público no centro da cidade de Rio Branco, ao lado de outras categorias do funcionalismo público federal. A Associação Docente da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) também organizou paralisação das atividades na instituição nessa quinta-feira (9), em Teresina, em apoio as manifestações dos Servidores Públicos Federais (SPF) por mais investimentos em educação e melhores condições salariais e de trabalho. A paralisação dos técnico-administrativos da UFPI teve início desde o dia 7 de abril.

A Associação Docente da Universidade do Rio de Janeiro (Adunirio) promoveu atividades lúdicas e intervenções artísticas ao longo do dia 9 de abril, além das panfletagens e conversas nos locais de circulação dos docentes nos demais dias.

A Seção Sindical dos Docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, (Sindcefet-MG), a Associação dos Docentes de Ensino de Juiz de Fora (ApesjJF) e a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) também realizaram paralisações no início da Jornada Nacional de Lutas. A Associação Docente da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) realizou atividades de panfletagem no campus.  E por fim, a Associação Docente da Universidade Federal da Grande Dourados (Adufdourados) organizou paralisação, ao lado de técnicos-administrativos da instituição e do Hospital Universitário da Grande Dourados (HUGD).

Abril é mês de mobilização nas IFE

Ao longo de todo mês de abril, docentes das instituições federais de ensino seguirão organizando atividades e mobilizações em torno das reivindicações locais articuladas com a pauta nacional do Setor das Ifes e do Fórum dos SPF. A defesa do caráter público da educação e da garantia da função social das Instituições Federais de Ensino em prol da classe trabalhadora, o projeto de carreira única do ANDES-SN para o magistério federal, as condições de trabalho, salário e luta contra a reforma da previdência e pela revogação das MPs 664 e 665 estão entre as principais reivindicações da categoria docente.

Fonte: ANDES-SN



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