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  23/01/2023



Diretoria da ADUA se reúne com reitor da Ufam



 

Com objetivo de dialogar sobre os impactos dos cortes e contingenciamentos de recursos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), segurança nos campi e o novo calendário acadêmico, docentes que integram a Diretoria da ADUA se reuniram com o reitor da instituição, professor Sylvio Puga, na tarde da sexta-feira (20), no gabinete da reitoria.

 

Participaram da audiência os professores Jacob Paiva (Faced), presidente da Seção Sindical; Aldair Oliveira (IFCHS), 1° vice-presidente; Tomzé da Costa (FIC), 1º tesoureiro; Jorge Barros (FES), 2º tesoureiro, e a professora Jocélia Barbosa (Faced), 2ª secretária.

 

Sobre a pauta Orçamento da Ufam, o reitor expôs que, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reitores(as) de Universidades e Instituto Federais, na quinta-feira (19), no Palácio do Planalto, a avaliação é que haverá um esforço do atual governo de reverter as decisões de contingenciamento das verbas pelo governo Bolsonaro. O novo orçamento para as Instituições Federais deve ser divulgado nos próximos dias.

 

“Agora nós estamos vivendo outro cenário, outro momento”, afirmou o reitor.

 

 

Sobre os pagamentos pendentes do ano passado, Sylvio Puga afirmou que a Ufam fechou o ano sem déficit. “No ano de 2022 nós fechamos o orçamento pagando todos os contratos que a Ufam tinha com seus fornecedores. No ano de 2023, um novo momento se inaugura na relação da Ufam com o MEC [Ministério da Educação]. Em função da própria reunião com o presidente da república, abre-se uma perspectiva para que nós possamos ter uma recomposição orçamentária, que não é somente uma pauta da Ufam, mas uma pauta de todas as universidades federais”, explica.

 

O ANDES-SN também encaminhou uma Carta ao novo ministro da Educação, Camilo Santana, em que solicita o agendamento de uma audiência para tratar sobre as reivindicações da categoria. Entre as demandas, está a recomposição do orçamento das Ifes, reajuste salarial e a reestruturação da carreira docente.

 

Sobre o tema lista tríplice, a diretoria da ADUA enfatizou sua posição em defesa do respeito à autonomia e democracia da comunidade acadêmica na eleição para reitor(a). Puga reiterou a informação de que, na reunião com gestores e gestoras das Ifes, Lula esclareceu que as consultas às comunidades terão os resultados respeitados, o que significa dizer que o primeiro(a) colocado(a) será nomeado(a).

 

 

O segundo ponto levantado pelos(a) docentes foi quanto à segurança nos campi, que atinge docentes, Técnicos(as)-Administrativos(as) em Educação (TAEs) e estudantes.

 

“Nos colocamos como preocupados e também nos comprometemos com a reitoria, estudantes, técnicos e seus representantes, em pensar uma saída que atenda a necessidade de garantia de mais segurança no local de trabalho, podendo ser um processo de curto, médio ou longo prazo, porque sabemos que isso é um problema de ordem maior da sociedade, e que não tem soluções fáceis”, disse o professor Jacob Paiva.

 

A informação é que a reitoria esteve em contato com a Polícia Federal e o Governo do Estado foi oficializado sobre os problemas de segurança. Desde então, a Secretaria de Segurança e a Universidade dialogam sobre a realização de uma possível cooperação técnica entre as instituições.

 

Sobre a segurança nos campi fora de Manaus, o reitor afirmou que a solicitação de segurança é feita diretamente com o Comando da Polícia Militar e das guardas municipais, onde houver.

 

Calendário

 

O último ponto de pauta debatido foi em relação ao calendário acadêmico dos próximos semestres. A crítica apresentada pela ADUA diz respeito às férias dos e das docentes, à legalidade de preenchimento de formulários, de assinaturas e de participação em atividades, ao adoecimento docente e à possibilidade de evasão estudantil. 

 

“Nós expomos as nossas preocupações, especialmente a questão da garantia do direito de férias dos e das docentes, considerando a realidade pós-pandemia, que gerou uma reorganização do calendário acadêmico diferenciada do calendário civil, estabelecer alguns princípios e diretrizes da própria Administração para que o direito às férias dos professores e das professoras não signifique algum problema de continuidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão, garantido uma qualidade de ensino aos e às estudantes”, explica Jacob Paiva.

 

O professor Tomzé questionou sobre o possível impedimento do(a) professor(a) gozar as férias na integralidade. Em resposta, Sylvio Puga afirmou que algumas unidades se reuniram e ajustaram as férias dentro dos seus calendários.

 

A docente Jocélia Barbosa explanou preocupação quanto ao adoecimento da comunidade acadêmica. “Nós estamos há três semestres seguidos, cansados, e a gente vê esse problema de insegurança, a gente vê a universidade praticamente vazia”.

 

Considerando que o calendário já está aprovado pelo Consepe e não haverá mudança, o reitor sugeriu uma reunião entre a equipe técnica e a direção da ADUA para esclarecer sobre o tema.

 

“O reitor sinalizou que nós precisamos sentar com a Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, talvez também tenhamos que chamar os técnicos e estudantes para ver como é que operacionaliza isso, de forma a garantir condições de trabalho e de ensino, sem comprometer mais ainda a saúde da comunidade universitária”, explica Jacob.

 

 

Geralmente, o período de férias docente é de 30 dias em janeiro e outros 15 dias na metade do ano. A mudança no calendário afeta essa organização. Com o novo calendário, não haverá espaço para realizar dessa forma. A nova reunião sobre o tema será agendada após o 41º Congresso Nacional do ANDES-SN, que será realizado em fevereiro.

 

Esta foi a primeira reunião da nova diretoria executiva da ADUA com a reitoria.

 

Na avaliação do professor Jacob, se estabelece uma relação institucional de Administração Superior e a representação sindical dos docentes da Ufam. “É quase como um dever político, tanto nosso quanto do reitor, de estabelecer essas relações de diálogo, baseado no princípio da autonomia, tanto da Administração, quanto do nosso movimento sindical, até porque nosso grupo político, a nossa direção, reivindica essa condição da autonomia sindical perante os partidos, a Administração Superior, os governos e credos religiosos”, disse Jacob.

 

 

Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA

 

Fonte: ADUA



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