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34º Congresso do ANDES-SN define centralidade da luta para 2015



A primeira plenária do 34º Congresso do ANDES-SN, com o tema Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta, gerou um longo e proveitoso debate entre os delegados e observadores presentes em Brasília (DF), nesta segunda-feira (23), primeiro dia do encontro.

Após cinco horas de debate, o congresso deliberou que a centralidade da luta para 2015 será “avançar na organização dos docentes e na unidade com movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais para enfrentar a mercantilização da educação, e intensificar a luta pela valorização do magistério, combatendo as políticas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

O debate foi iniciado com a apresentação de nove textos do Caderno de Textos sobre o tema, que foram apresentados pelos autores, em falas de cinco minutos. Depois, a discussão foi aberta para inscrições da plenária.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, ressaltou em sua fala que há 20 anos, em 1995, o Sindicato Nacional também realizou seu congresso na capital federal – culminando as discussões daquele ano em um grande ato no Senado em defesa da educação pública – e que nesse ano haverá o ato dos servidores públicos federais na quarta-feira (25), na Esplanada dos Ministérios para lançar a Campanha Salarial Unificada dos SPF.

As intervenções, de acordo com deliberação da plenária, foram sorteadas para poder contemplar todas as posições políticas em debate. Entre os assuntos debatidos estiveram a crise econômica e política, a situação política internacional, com destaque para a Grécia, a precarização das condições de trabalho, os ajustes fiscais operados pelo governo recém-eleito e as estruturas sindicais.

Maria Regina Moreira, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN e responsável por coordenar a mesa da plenária do tema 1 do congresso, avaliou positivamente os resultados do debate e as mudanças de metodologia da plenária. “A plenária foi muito importante porque a conjuntura e a centralidade da luta são fundamentais para os debates dos planos de lutas, que serão realizados nos próximos dias. A mudança de metodologia propiciou uma maior discussão e síntese entre as propostas apresentadas”, avaliou a diretora do Sindicato Nacional.

O 34º Congresso do ANDES-SN já conta com, até o momento, 342 delegados, 62 observadores, 5 convidados, 33 diretores e 72 seções sindicais presentes.

Trabalhadores da Comperj saúdam congresso

Durante o debate, sob a canção “ô Dilma, cadê você, eu vim aqui pra receber”, entraram no congresso os trabalhadores terceirizados demitidos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que foram ovacionados pelos docentes devido à sua grande luta para receber seus salários e direitos trabalhistas, não pagos nos últimos três meses. Os trabalhadores acamparão em Brasília para exigir seus direitos da Petrobras e do governo federal.

Patrícia Borges de Barros, soldadora da Comperj, ressalta as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, que foram demitidos sem quaisquer direitos, e têm enfrentando dificuldades para sustentar suas famílias. “Está muito difícil para a gente, mas temos recebido ajuda de várias entidades e sindicatos, inclusive para conseguirmos ir aos atos”, diz. Patrícia ressalta que a Petrobras tem de ser responsabilizada pelos direitos dos seus trabalhadores terceirizados, mas sabe que isso só será conquistado por luta. “A gente veio disposto a tudo, podemos ficar um mês, dois meses, mas vamos lutar a até o fim por nossos direitos, porque trabalhamos para isso”, conclui.

Fonte: ANDES-SN



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