29/11/2022

Em Parintins (AM), movimentos feministas realizam ato pelo fim da violência contra a mulher

Com o tema “Resistir! Lutar! Cansamos de chorar!”, um grupo de mulheres em Parintins (AM) mobilizaram um ato no dia 25 de novembro (sexta-feira), Dia internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher. A 2ª vice-presidente eleita da ADUA e professora do ICSEZ/UFAM, Maria Eliane Vasconcelos, participou do ato, juntamente com outras mulheres dos movimentos populares e ativistas feministas.  A atividade foi realizada em uma área externa da Delegacia Especializada em Crimes contra as Mulheres, Crianças, Adolescentes e Idosos.

“Foi um ato de sensibilização, humanização, encorajamento, de denúncias e anúncios das lutas em defesa da vida de todas as mulheres”, afirma a professora.

A programação contou com Círculo de bênçãos e energização e um ato simbólico em memória de mulheres cujo legado é a resistência, como Irmã Dorothy, irmãs Mirabal, Margarida Alves, Dandara de Palmares, Marielle Franco, Maria Francisca, Roseli Nunes e Dorcelina Folador.

Atuante em movimentos sociais e populares, a professora Fátima Guedes registrou em seu texto no site “Amazônia Real”, que “as organizadoras da programação indicam que diariamente mulheres sofrem violências de todos os tipos. Algumas dessas violências passam desapercebidas e até silenciadas por um grande número de mulheres que se recolhe e apenas chora”, ela complementa afirmando que de acordo com dados da Delegacia Especializada em Crimes contra as Mulheres, cinco mulheres são agredidas em Parintins diariamente. Porém esses dados correspondem apenas aos registrados, o que indica a possibilidade do número real ser maior. 

"Escapa ao controle outras tantas vítimas que silenciam por medo, vergonha ou por dependerem afetiva ou financeiramente dos agressores. Por ano, chega-se a quase 2.000 mulheres violentadas em Parintins. A qualquer momento pode ser nossas filhas, nossas netas, nossas irmãs, nossas mães…”

A mobilização foi organizada pela Articulação Parintins Cidadã, Teia de Educação Socioambiental e Interação em Agrofloresta, Coletivo Mulheres de Fibra da Amazônia, Marcha Mundial das Mulheres, Associação de Mulheres Vitória-Régia de Parintins(AM), Movimento das Marias de Parintins e Movimento da Associação Mulheres da Amazônia (Mani).

Foto: Fernando Cardoso/Programa Olho Aberto

Fontes: ADUA com informações de Amazônia Real

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