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  29/08/2022



Aula pública discutirá descriminalização da interrupção da gravidez no dia 9



 

A descriminalização da interrupção da gravidez será tema de aula pública organizada pelo Setorial de Mulheres da Centra Sindical e Popular (CSP-Conlutas). O evento irá ocorrer no dia 9 de setembro (sexta-feira), das 14h às 20h, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da Central (Facebook e YouTube) e participação via plataforma Zoom.

 

Com tema “Pela vida das mulheres, porque precisamos legalizar o aborto no Brasil”, a aula pública irá reunir especialistas das áreas de saúde e jurídica, representações de trabalhadoras e trabalhadores, de movimentos de luta contra opressões, parlamentares e representações partidárias.

 

Está programada a discussão sobre retrocessos e ameaças à interrupção legal da gestação e os projetos de lei em tramitação no Brasil. O aborto no contexto da saúde da mulher, a violência de gênero, cultura do estupro e violência sexual também serão abordados. “Será uma oportunidade de apresentar um panorama do aborto no Brasil e no mundo como os desafios a serem enfrentados, a criminalização e os perfis de quem aborta”, explica a Central.

 

Panorama

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2010 e 2014, cerca de 55 milhões de abortos ocorreram no mundo, sendo que 45% inseguros. Em decorrência desses procedimentos, uma média de 800 mulheres morrem diariamente. Na América Latina, são feitos mais de 4 milhões de abortos por ano, sendo 95% considerados inseguros, e, no Brasil, cerca de 800 mil mulheres interrompem a gravidez anualmente.

 

Essa realidade tem outro dado alarmante. No Brasil, a cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019. Em média, são realizadas seis internações diárias por aborto, envolvendo meninas de 10 a 14 anos que engravidaram após o estupro.

 

Luta

 

O Setorial de Mulheres da Central destaca que há um debate de classe quando se consideram as questões do corpo das mulheres. Em pesquisa da revista Exame, em abril desse ano, 55% das pessoas disseram ser contra a descriminalização do aborto, sendo que 72% na classe C e 68% nas classes D e E, ou seja, quem recebe até três salários mínimos se coloca contra o aborto legal.

 

“Exatamente por essa característica é que parte do dia será dedicado a uma conversa sobre a importância do movimento sindical e popular assumir a luta junto às mulheres, em campanhas pela legalização do aborto e na reflexão e construção de métodos de luta em defesa desses setores mais vulneráveis”, explica a Central.

 

A CSP-Conlutas ressalta que defende a descriminalização da interrupção da gravidez para salvar vidas e políticas de saúde pública que atendam às mulheres e que essas tenham o direito de decidir sobre seus próprios corpos, inclusive sobre exercer ou não a maternidade.

Material de apoio

 

O Setorial de Mulheres da Central, junto ao departamento de comunicação e Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos (Ilaese), organizou e produziu uma cartilha informativa sobre o tema.

 

A cartilha "É pela vida das mulheres - Legalização do Aborto, Já! (Educação sexual e contraceptivos para decidir! Aborto legal e seguro para não morrer)" está disponível em PDF [AQUI] e deve ser divulgada para avançar nos debates e nas lutas que defendem a bandeira e a vida das mulheres.

 

Educação sexual e contraceptivos para decidir!

 

Aborto legal e seguro para não morrer!

 

É pela vida das mulheres!

 

Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA



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