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  25/07/2022



Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela



 

Hoje, 25 de julho, é internacionalmente um dia de homenagem à luta e à resistência das mulheres negras latino-americanas e caribenhas. No Brasil, também é um dia para lembrar Tereza de Benguela, mulher negra que liderou o Quilombo de Quariterê, no Mato Grosso. É um dia de celebrar a força de todas as mulheres negras que enfrentam, nos tempos atuais, novas batalhas como a violência, a fome e o desemprego. A ADUA se soma à luta das mulheres negras contra toda forma de opressão e em defesa de seus direitos.

Instituído pela Organização

das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha teve origem, em 1992, a partir do 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. Na reunião, representantes de 32 países compartilharam experiências, denunciaram opressões e definiram estratégias para a luta contra o machismo e o racismo.

 

Tereza de Benguela viveu no século 18, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê ou Quilombo do Piolho, lugar que abrigava negros escravizados e indígenas.  O nome “Quariterê” tem raiz indígena. “Guariteré”, em tupi-guarani, significa “piolho”. O nome também marca a presença de indígenas no território. A existência dos quilombos expõe o que os ancestrais brasileiros praticam há tempos: a resistência deve ser construída em unidade para que se haja avanço concreto.

 

Chamada de “Rainha Tereza”, ela comandava o quilombo com forte aparato de defesa e um “parlamento” para decidir as ações da comunidade. Não se sabe ao certo o motivo de sua morte. O Dia Nacional de Tereza Benguela e da Mulher Negra foi criado pela Lei 12.987/2014.

 

Luta

 

Principal vítima de feminicídio, violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna, a mulher negra brasileira é também está na base da pirâmide socioeconômica. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, das 1.341 mulheres vítimas de feminicídio em 2021, 62% são negras. Nas outras mortes violentas intencionais, 70,7% são negras.

 

Fontes: Brasil de Fato, Observatório do Terceiro Setor, Biblioteca Cecult da UFRB e ANDES-SN



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