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Estudantes da UFF ocupam Reitoria em protesto contra precarização e por direitos



Cerca de 150 estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) de diferentes cursos ocuparam, na quinta-feira (28), o sétimo andar da Reitoria, onde se localiza o gabinete do reitor Roberto Salles, em protesto contra a precarização das condições de estudo da universidade devido à expansão desorganizada.

Desde o começo da semana, os estudantes do curso de Biologia estão sem aulas devido a problemas na infraestrutura do prédio que chegou a ser interditado. Os alunos reivindicam também o fim do processo de expulsão de cinco estudantes da moradia estudantil, a retirada do processo de sindicância contra o estudante Rômulo Abreu, e a realização de uma inspeção da defesa civil no prédio de Biologia que teve parte das dependências liberadas para uso. Ainda querem que a Reitoria informe uma data para a entrega do novo prédio para abrigar o curso de Biologia, além da realização de uma audiência pública com a comunidade acadêmica.

O ato público teve início às 10h no campus do Valonguinho e seguiu para a Reitoria com o intuito de realizar uma ocupação simbólica no gramado em frente ao local, na Rua Miguel de Frias, em Icaraí. Às 13h30, os estudantes ocuparam o sétimo andar da Reitoria. Os elevadores foram desligados e os funcionários que trabalham no prédio paralisaram as atividades. Segundo os estudantes, no momento da ocupação, alguns seguranças não só tentaram impedir a entrada dos alunos no prédio, como também os agrediram. Um dos seguranças chegou a ameaçar uma estudante de morte.

“A ocupação seria simbólica lá no gramado para reivindicar sermos atendidos pelo reitor para discutir a nossa pauta, mas com a chuva os estudantes resolveram ocupar o hall de entrada, mas os seguranças tentaram impedir nossa entrada, o que acabou gerando a ocupação do sétimo andar”, explica Grasielle Freitas, estudante de Biologia.

“Não atrapalhamos o trânsito como já saiu no jornal aqui de Niterói. Participaram cerca de 150 estudantes e não 50, como dito também pelo jornal, e o protesto é contra os problemas de infraestrutura dos prédios como o de Biologia, a falta de entrega das obras de novos prédios para abrigar os cursos, o sinal estava fechado. Estou aqui porque sou solidária ao movimento dos estudantes de Biologia, ao estudante que sofre sindicância e os ameaçados de expulsão da moradia estudantil”, disse Sâmara Moura, estudante do curso de enfermagem. Moradora do alojamento estudantil, Sâmara criticou a assistência estudantil que não procurou dar auxílio aos cinco estudantes que podem ser expulsos da morada estudantil.

Às 15h, os estudantes foram atendidos por Martha de Luca, chefe de gabinete da Reitoria. Ela informou que não era possível atender o pleito dos estudantes de realizar uma audiência pública na próxima terça-feira (2), em virtude de o reitor Roberto Salles estar em viagem na próxima semana. A proposta da Reitoria é realizar a audiência pública no dia 11 de setembro. A chefe de gabinete também informou que o reitor estava em compromisso na cidade do Rio de Janeiro e, por isso, não recebeu os estudantes.

Segundo informações dos três principais movimentos, Moradia Estudantil, o Diretório de Sociologia e o de Biologia, a ocupação é simbólica.  Os estudantes desocuparam a Reitoria no final do dia e seguiram para o conselho de CA’s e DA’s para reunião.

* Com edição do ANDES-SN

* Foto à esquerda - retirada do site da Aduff- Seção Sindical / foto à direita - retirada da página no facebook Coletivo Meu


Fonte: Aduff – Seção Sindical



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