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Professores criticam reajuste de 7,1% e mantém greve



O anúncio de que o governo do Estado vai reajustar os salários do funcionalismo em 7,1% não agrada os docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), em greve desde o dia 12/5 por melhorias estruturais, concurso público para professores e técnicos efetivos na Instituição, e melhores salários. “A proposta não contempla a categoria. É um reajuste irrisório. O professor auxiliar 20h que hoje recebe salário de R$ 1 mil passaria a receber apenas 71 reais a mais. É isso que o governo chama de valorização do trabalho do servidor?”, questiona a presidente da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp Seção Sindical), Graça Ciríaco. “Os deputados tiveram reajuste de 61%. Como devemos chamar esta proposta de 7,1% para os professores?”, continua.

De acordo com Graça Ciríaco, a greve dos docentes da Uespi tende a se fortalecer ainda mais nos próximos dias. “Ainda estamos esperando que o governo abra canal efetivo de negociação. E não queremos discutir apenas a pauta salarial, que é muito importante. Queremos que o governo apresente, formalmente, compromissos para atender a demanda de melhorias estruturais na Universidade, política de assistência estudantil, mais e melhores bibliotecas. Tudo isso passa por uma questão essencial: aumento de verbas substancial, para garantir autonomia para a Uespi”, afirmou. O piso salarial para professor auxiliar 20h defendido pela Adcesp é de R$ 2,2 mil. "É preciso que o governo se sensibilize e esteja disposto a dialogar. É preciso avançar nas negociações", disse Ciríaco.

Segundo a presidente da Adcesp, no que se refere à proposta de concurso público apresentada pelo governo, o número de vagas acenado é ainda muito pequeno. “A Uespi precisa de mais de 700 professores efetivos. Hoje, 60% dos docentes são substitutos. É preciso avançar muito mais, aumentando o número de vagas no edital, que prevê apenas 200 vagas”, diz Graça. A próxima assembleia geral dos docentes está prevista para sexta-feira da semana que vem. “Se não houver negociação e nem apresentação de propostas concretas, a greve deve continuar”, completa.

Fonte: Aducesp Seção Sindical



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