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  22/03/2022



Em prol das trabalhadoras e dos trabalhadores, Fórum Social Mundial será realizado em maio



 

A 15ª edição do Fórum Social Mundial (FSM) irá ocorrer de 1º a 6 de maio, de forma híbrida em razão da pandemia da covid-19. Presencialmente, as atividades irão ocorrer no centro histórico da cidade do México. O FSM é um espaço aberto de articulações de entidades da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e à dominação do mundo pelo capital ou por qualquer forma de imperialismo.

 

Os movimentos, organizações, redes, sindicatos e coletivos podem fazer a inscrição para participar no endereço https://join.wsforum.net/.

 

A organização do fórum ressaltou o desafio de realizar o encontro de forma híbrida. “Sabemos que existe uma grande brecha digital e nem todos têm acesso à internet e eletricidade. Por isso, convidamos que façam parte desse processo as rádios comunitárias e digitais para que democratizarem a comunicação e a participação”.

 

O objetivo geral do FSM é a luta contra um sistema capitalista em que alguns enriquecem à custa da exploração da maioria, e que também atenta contra o meio ambiente, é consolidar, fomentar e participar dos processos de diálogo organizados que potencializam alianças, projetos, iniciativas que estejam interconectadas em nível nacional e internacional, que construam agendas globais em comum, que consigam influenciar a emancipação e a contra hegemonia em nossas realidades, que avancem na construção de um sujeito global.

 

Foram definidos, ainda, alguns eixos transversais: luta contra o imperialismo, capitalismo, dominação do estado, patriarcado e racismo, em defesa da vida, da democracia, da autonomia e da autodeterminação dos povos; e mobilizadores como: arte e cultura para a vida; comunicação, disputa de novas narrativas e soberania digital; construção da paz, desarmamentos e estratégias frente as guerras, a violência estrutural e a migração, entre outros.  

 

“Metodologicamente, nos propomos a iniciar a mobilização, os diálogos e articulações a partir dos eixos definidos, para avançar na construção de uma agenda comum dos movimentos e definir estratégias que nos permitam fazer frente as grandes problemáticas estruturais que vivenciamos em nossos diversos territórios”, explicou o grupo facilitador do FSM.

 

Luta unificada 

 

Na atual conjuntura, a necessidade de maior cooperação e articulação nunca foi tão evidente, segundo a organização do fórum. “Hoje vivemos uma grave crise civilizatória que nos obriga não somente a pensar juntos, mas a atuar de forma coletiva e contribuir para a construção de uma sociedade e do mundo que queremos. Vivemos uma profunda guerra contra nossas próprias vidas e do planeta, uma guerra de extermínio que age contra a diversidade de nossos territórios, nossa história e nossa dignidade”.

 

A comissão organizadora lembra que todos os dias são registrados desaparecimentos, assassinatos, violações e explorações trabalhistas até a morte. “Em um mundo assim não se pode viver. Não podemos falar de democracia, enquanto milhões de pessoas no mundo morrem de fome, os países irmãos estão bloqueados economicamente pelos interesses de outros, sem respeito ao direito de decidir sobre seu próprio destino. Não podemos continuar assim, como se nada estivesse acontecendo (...) vamos fortalecer a união de ideias e ações para mudar o mundo. A grave realidade que enfrentamos exige esse empenho de todos”.

 

O fórum, que completa vinte anos, já chegou a reunir mais de um milhão de pessoas em suas diversas edições mundiais, realizadas no Brasil, Venezuela, Tunísia, Senegal, Dakar, Bombaim e Canadá. Também já realizou Fóruns Sociais Temáticos em relação a água, saúde e segurança, economias transformadoras, imigração, justiça e democracia, e resistências. Assim como nos fóruns regionais como o de PanAmazônia, Asia, Pacífico e Fóruns Nacionais.

 

O FSM tem periodicidade bianual, de temática variada essencial: fome, pobreza, retrocessos em direitos humanos e trabalhistas, dano ambiental e efeitos perversos da globalização e do capitalismo e, a sua inviável nova forma, neoliberalismo. A vulnerabilidade da democracia e da justiça, além do imbricado efeito estrutural da desigualdade econômica com suas consequências abomináveis: preconceito, discriminações, racismo, machismo, extermínio dos povos originários e os demais conteúdos das pautas identitárias.

 

O FSM reúne países, pessoas e movimentos sociais que se opõem às políticas neoliberais, contestando prescrições econômicas ditadas como inevitáveis, crítica que se confirma na pandemia que desmascarou a falência da concentração financeira.

 

Fonte: com informações de World Social Forum



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