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Quatro estudantes da UFG são presos em Goiânia



Em Goiânia, no último dia 23 de maio, quatro estudantes (Heitor Aquino Vilela, Ian Caetano de Olivera, Tiago Madureira Araújo e João Marcos Aguiar Almeida) da Universidade Federal de Goiás e integrantes da Frente de Luta pelo Transporte, que participaram ativamente, nos últimos meses, das lutas contra o aumento da passagem de ônibus na cidade, foram presos pela Polícia Civil, em mais uma arbitrariedade dentro da ofensiva de repressão e criminalização dos movimentos sociais no país. As acusações feitas aos estudantes são de incitação de danos ao patrimônio público, incitação à violência e associação criminosa, verificadas nos últimos protestos que ocorreram na capital.

A prisão, de caráter preventivo, foi resultado da “operação R$ 2,80”, comandada pelo delegado Alexandre Lourenço, da Delegacia Estadual de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco). Isso significa que a duração da prisão é de 10 dias, tempo que o delegado possui para concluir o inquérito policial. Após esse período, a prisão pode ser alterada após análise do Ministério Público. A operação também executou cinco mandados de busca e apreensão.

As últimas mobilizações que ocorreram na capital goianiense foram motivadas pelo aumento do preço da passagem de ônibus, que desde 3 de maio passou de R$ 2,70 para R$ 2,80, apontando um aumento de 3,07%. Os estudantes também poderão ser responsabilizados pela destruição de 104 ônibus, no protesto do dia 16 de maio no Terminal da Bandeiras, na região Sudoeste. 

Na página oficial do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, do qual os estudantes também fazem parte, foi lançada uma nota exigindo a liberdade imediata dos estudantes presos. Veja abaixo:

“Liberdade imediata para Ian Caetano, Heitor Vilela, Marlos Duarte e João Lenon!

Exigimos a liberdade imediata dos jovens presos arbitrariamente na manhã desta sexta-feira 23 de maio, na cidade de Goiânia, sob a alegação de “incentivarem a desordem” na cidade. Entendemos que, na verdade, isto é o prosseguimento da política de criminalização do Estado brasileiro, que, visando a garantia da Copa da Fifa, passará a tratar os manifestantes como “criminosos” e “terroristas”.

A acusação de serem “líderes” do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, na verdade é um ataque a todos aqueles que estão nas ruas lutando de forma combativa e independente. Esta acusação é mais uma manobra do governo do PT, que está preparando terreno para perseguir, reprimir e prender os movimentos e coletivos que escolheram o caminho da luta e não da capitulação.

Lutar não é crime!

Vândalo é o estado!

Rebelar-se é justo!”

Fonte: Jornal Opção e Jornal O Hoje



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