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  13/12/2021



ADUA participa de Ato em defesa do Povo Yanomami



 

“Vamos dançar, balançar o caximbó. Trazer o Bolsonaro amarrado no cipó”. Em coro e de mãos dadas, indígenas entoaram palavras de ordem em manifestação em defesa do povo Yanomami, na tarde de sexta-feira (10), na Praça do Congresso, no Centro de Manaus. O ato público foi organizado pela Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI), da qual a ADUA faz parte, e reuniu indígenas Yanomami e de outros povos, indigenistas e representantes de entidades.

 

A integrante da FAMDDI e 2ª tesoureira da ADUA, professora Elciclei Faria, explicou que os e as indígenas foram as ruas para defender a proteção de seus territórios e suas vidas, que estão ameaçados. “Fomos mobilizados neste dia 10, dia de Direitos Humanos, para lutar em defesa da vida povo Yanomami, sobretudo o povo Yanomami do estado de Roraima, que está sofrendo com invasão, com ataque de garimpeiros. As crianças Yanomamis, as mulheres e homens, estão sofrendo com desnutrição, morrendo com o descaso e abandono por parte do governo e pela invasão de seus territórios”, disse.  

 

 

Durante o ato público, houve troca de presente entre os povos indígenas, danças, entre elas a celebração da vida e resistência ao som da música Maracanandé, que fala do início de uma grande festa e da união dos povos para contar e cantar a sua própria história.

 

“A defesa da vida pelos povos indígenas nesse momento difícil, em que o sistema do estado brasileiro tem ciência, mas está permitindo que o garimpo, que os garimpeiros, matem Yanomami, crianças Yanomami, isso é muito triste. É muito triste porque não é agora que essa matança ocorre com os povos indígenas. É desde que o português pisou aqui, invadindo a terra dos povos indígenas. O derramamento de sangue do povo indígena não é de agora”, discursou a integrante do Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (Foreeia), Sidneia Piratapuia.

 

 

A mobilização foi um momento para que os e as indígenas pudessem ecoar suas próprias vozes e exigir um basta para a violência que avança sobre seus territórios e seus direitos. Além de indígenas de Manaus, estiveram presentes representações dos e das indígenas dos municípios de Itacoatiara, Iranduba, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, Manacapuru e São Gabriel da Cachoeira.

 

Crédito: Ana Cristina Martins

 

 

 

 

 

Fotos: Sue Anne Cursino

 

Fonte: ADUA.



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