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Após protesto, servidores liberam acesso ao campus da Ufam



Depois de oito horas de protesto, os técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) liberaram, por volta das 12h, o acesso ao campus universitário. A entrada da sede da instituição estava bloqueada desde as 4h. A manifestação ocorreu em virtude da falta de vontade do governo em negociar com a categoria, em greve desde o dia 17 de março.

Na avaliação do Comando Local de Greve (CLG), o protesto surtiu o efeito esperado. “Nós conseguimos tudo o que queríamos: paramos as atividades nos setores que ainda não haviam aderido ao movimento, chamamos atenção da comunidade acadêmica para a nossa pauta, principalmente dos professores e estudantes, e ainda tivemos a presença da imprensa durante o ato”, disse a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Crizolda Araújo.

Os servidores não descartam a possibilidade de realizar novos protestos no campus universitário nos próximos dias. Na manhã desta segunda, eles utilizaram troncos de árvores, pedaços de ferro, cadeiras, faixas e até veículos para bloquear a entrada da sede da Ufam.

Reivindicações – Os trabalhadores reivindicam o aprimoramento da carreira, com piso inicial de três salários mínimos e step de 5% (com base no acúmulo histórico da categoria); ascensão funcional; reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado realizados fora do país para incentivo à capacitação; aproveitamento de disciplinas de pós-graduação para pleitear progressão por capacitação profissional; e turnos contínuos com jornada de trabalho de 30 horas semanais, sem redução salarial, com intuito de manter a universidade funcionando nos períodos da manhã, tarde e noite.

Além disso, os servidores pedem a revogação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e delegou à empresa público-privada a gestão dos hospitais universitários; o fim da perseguição e criminalização dos movimentos sociais e sindicais; construção e reestruturação das creches nas universidades para seus trabalhadores sem municipalização; bem como o cumprimento integral do acordo firmado ao fim da greve de 2012.

Os técnicos também lutam por melhores condições de trabalho na Ufam. “A universidade está precarizada e o que apresentado pelo governo como parte da negociação foi uma agressão. A greve nesse momento é o único instrumento que temos, já que o governo não cumpriu nada. A luta está posta, pois é inaceitável que se perpetue o assédio moral contra a nossa categoria em todos os sentidos”, disse um dos integrantes da Coordenação Geral do Sintesam e membro do CLG, Carlos Almeida.

Fonte:
Adua



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