Documento sem título






     Notícias






MEPR retrata em semana audiovisual crimes praticados durante a Ditadura Militar



O Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) promove, ao longo desta semana, no auditório da Adua, a exibição de uma rodada de documentários que retratam os crimes praticados durante a Ditadura Militar e as atuais ações do Estado na repressão aos movimentos populares. A mostra ocorre todos os dias, às 9h, com exceção de quinta-feira (27), cuja exibição está marcada para as 15h.

Segundo o membro do MEPR e estudante do curso de pedagogia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Eli Souza, a atividade tem o objetivo de refletir sobre os 50 anos do golpe militar de 1964, que apesar da opinião contrária de uma parcela da sociedade, também impactou o cenário local.

“Neste ano, faz 50 anos que o regime militar assumiu o poder e uma parte da sociedade, além de considerar o evento como uma revolução, teima em dizer que o Amazonas ficou de fora da ditadura. Isso não é verdade. A própria implantação da Zona Franca, um processo danoso ambientalmente, teve como caráter a necessidade de colonização da região”, criticou.

Programação

Iniciada nesta segunda (24), a programação exibiu o documentário Cidadão Boilesen, que revela a ligação política e econômica entre empresários e militares no combate à luta armada durante o regime militar brasileiro.

Até sexta-feira (28), entram na lista ainda os documentários “Cabra marcado para morrer”, que retrata o contexto das ligas camponesas e o trabalho no campo; “Memórias do Chumbo: o futebol nos tempos da ditadura”; “Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS, autor do livro “Memórias de uma guerra suja”; e ainda produções sobre a violência nos dias atuais, entre os casos, o do adolescente baleado a queima roupa por Policias Militares, na periferia de Manaus, em 2011.

Souza destaca ainda que após as exibições depoimentos serão expostos aos presentes e que na sexta-feira, fechando o ciclo de atividades, um debate sobre a violência do Estado ontem e hoje será realizado. “O debate será no âmbito da inexistência da redemocratização, pois o que houve foi apenas uma transferência de poder. Pouquíssimas variações ocorreram de fato no país, a não ser algumas bem pontuais”, destacou.

Confira

- 24/03: Cidadão Boilesen (9h)
- 25/03: Cabra marcado para morrer e Depoimentos (9h)
- 26/03: Memórias do Chumbo: o futebol nos tempos da ditadura (9h)
- 27/03: Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS, autor do livro Memórias de uma guerra suja (15h)
- 28/03: Documentários sobre violência nos dias de hoje e Debate (9h)

Fonte: Adua



Galeria de Fotos