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Técnicos da Ufam deflagram greve por tempo indeterminado



Os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deliberaram nesta segunda-feira (17), primeiro dia de paralisação das atividades, que a greve da categoria será de esvaziamento do local de trabalho e por tempo indeterminado. Apenas os serviços considerados essenciais serão mantidos. A decisão foi tomada em Assembleia Geral (AG) realizada no auditório Paulo Burhein, completamente lotado, no setor Sul do Campus Universitário. Mais de 160 servidores da instituição participaram desta primeira atividade deliberativa.

“Pela primeira vez, tivemos a participação de técnicos-administrativos de todas as unidades acadêmicas e administrativas da Ufam em uma atividade inicial de greve. Isso é muito positivo, pois mostra que o movimento começou forte e as pessoas estão ansiosas pelo atendimento a uma pauta que está sendo negociada desde 2005, mas que não avança por parte do governo”, avaliou a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Crizolda Araújo. Para ela, chegou a hora de “dar um basta a essa situação”.

Durante a AG, a categoria também aprovou a instalação do Comando Local de Mobilização, composto por 23 integrantes, entre membros da coordenação do Sintesam e ainda trabalhadores da base da categoria. Além disso, foi aprovada a criação de quatro comissões (mobilização, imprensa, finanças e ética), responsáveis pelo andamento das atividades de greve.

Os técnicos-administrativos terão novo encontro nesta terça-feira (18), a partir das 9h, na sede da Reitoria da instituição, onde pretendem ter uma audiência com a reitora e ainda fazer mobilização no local, chamando atenção dos demais trabalhadores. Já a próxima AG do Sintesam está marcada para às 9h de quinta-feira (20), no auditório da Faculdade de Ciências Agrárias.

Reivindicações – Os trabalhadores reivindicam o aprimoramento da carreira, com piso inicial de três salários mínimos e step de 5% (com base no acúmulo histórico da categoria); ascensão funcional; reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado realizados fora do país para incentivo à capacitação; aproveitamento de disciplinas de pós-graduação para pleitear progressão por capacitação profissional; e turnos contínuos com jornada de trabalho de 30 horas semanais, sem redução salarial, com intuito de manter a universidade funcionando nos períodos da manhã, tarde e noite.

Além disso, os servidores pedem a revogação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e delegou à empresa público-privada a gestão dos hospitais universitários; o fim da perseguição e criminalização dos movimentos sociais e sindicais; construção e reestruturação das creches nas universidades para seus trabalhadores sem municipalização; bem como o cumprimento integral do acordo firmado ao fim da greve de 2012.

Localmente, os técnicos também lutam por melhores condições de trabalho na Ufam. “A universidade está precarizada e o que apresentado pelo governo como parte da negociação foi uma agressão. A greve nesse momento é o único instrumento que temos, já que o governo não cumpriu nada. A luta está posta, pois é inaceitável que se perpetue o assédio moral contra a nossa categoria em todos os sentidos”, disse um dos integrantes da Coordenação Geral do Sintesam e membro do Comando Local de Greve, Carlos Almeida.


Fonte: Adua



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