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Condsef contesta declarações de Dilma sobre servidores



No findar de 2013, a presidente Dilma Rousseff postou declarações em uma de suas redes sociais que não agradaram aos servidores públicos federais. Em uma retrospectiva do ano, se referindo aos protestos que tomaram as ruas do país, Dilma pediu que os servidores ouvissem as vozes das ruas que querem melhores serviços públicos. Porém, para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a declaração da presidente não foi somente descabida como também descolada da realidade, uma vez que os servidores estão nas ruas, sempre juntos da população e dos movimentos sociais, exigindo investimentos adequados para o setor público.

Conforme a Condsef, quem precisa ouvir com urgência as vozes das ruas não são os servidores, mas sim o governo que deixa de promover investimentos no setor e sempre que possível realiza cortes orçamentários em áreas sociais, essenciais à população que já paga uma das maiores cargas tributárias do mundo. Para a Confederação, as manifestações que ocorreram nada mais são do que um reflexo da angústia e dos anseios de uma população que demonstra cada vez mais o repúdio a políticas de governo que privilegiam minorias. E que elas devem continuar enquanto o governo permanecer desonerando bilhões em impostos aos grandes empresários ao mesmo tempo em que sobretaxa a população, aumentando preços e recolhendo impostos sem se importar em devolver ao povo serviços públicos de qualidade. “Enquanto faltar saúde, educação, segurança, transporte digno e sobrar descaso, corrupção e impunidade, a reação do povo deve continuar”, se posiciona a Condsef.

Outro ponto polêmico levantado pela Confederação são os investimentos, considerados questionáveis, para que o Brasil sedie a Copa do Mundo e que também devem continuar mobilizando a sociedade. Nesse sentido, a entidade reforça o coro dos críticos preocupados com as contas que a população terá que pagar para que o Brasil possa sediar a “festa do futebol” diante do cenário de falta de transparência em licitações, do programa de privatização em aeroportos, portos, estradas, empréstimos bilionários para construção de estádios e obras em infraestrutura atrasadas em todo Brasil.

A entidade não se diz contrária à oportunidade de receber eventos internacionais de grande amplitude, observando que isso pode ser positivo quando bem administrado. Mas destaca que não é o que se tem assistido no Brasil, já que sob o pretexto de mostrar ao mundo um grande espetáculo e driblar os problemas que se multiplicam na organização da Copa, o governo tem lançado mão de uma série de recursos que podem trazer graves consequências ao setor público em curto, médio e longo prazo, tornando ainda mais frágeis serviços que hoje já não conseguem atender a demanda interna.

A Condsef encerra sua manifestação ressaltando que os esforços promovidos para fazer desta a melhor Copa dos últimos tempos esbarram em muitas traves e provocam a sensação de que tantas “bolas fora” vão deixar marcas profundas. “Quando a ressaca da festa passar, o Brasil pós Copa pode levar bem mais que quatro anos para se recuperar de tantos baques”, finaliza.

*Com edição da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Fonte: Condsef



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