Mãos erguidas em punho, faixas, cartazes e o grito de “Fora Bolsonaro” uniram milhares de pessoas em manifestação no 4º Ato Nacional pelo Fora Bolsonaro e Mourão, no sábado (24). Segundo a organização, foi a maior manifestação desde o retorno dos atos às ruas: 426 manifestações em 471 cidades brasileiras e em outros 17 países. No Norte, onze cidades participaram, entra elas Manaus e Itacoatiara.
Foto: Sue Cursino/ ADUA
Na capital amazonense, a concentração iniciou às 15h, na Praça da Saudade. De lá, os e as manifestantes caminharam pelas avenidas Epaminondas e 7 de Setembro em direção ao Teatro Amazonas, na Rua 10 de Julho. Entre as pautas defendidas estiveram aceleração da vacinação, auxílio emergencial digno, os direitos das mulheres, negros, negras, LGBTQIAP+ e indígenas; e contra os cortes na Educação, a Reforma Administrativa (PEC 32), as privatizações e o embargo dos EUA a Cuba.
Com respeito ao distanciamento e utilizando máscaras e álcool em gel, o povo nas ruas lembrou também as mais de 550 mil vidas perdidas para a covid-19 no Brasil. Também foram denunciados o negacionismo e a falta de gestão do governo Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, além das suspeitas de corrupção na compra de vacinas, denunciadas na CPI da Covid, no Senado Federal.
Estudantes, professores, professoras - inclusive grande parte da diretoria da ADUA - e outro servidores e servidoras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), participaram dos atos em Manaus e Itacoatiara. Muitos dos docentes usavam camisetas com a frase “De luto na luta”, em sinal de resistência após a perda de mais de 120 membros da comunidade acadêmica, muitos deles de covid-19, em pouco mais de um ano de pandemia.
Foto: Sue Cursino/ ADUA
“É necessário que nós façamos a nossa parte. Pra que a gente venha para as ruas, que a gente denuncie tudo isso que está acontecendo. Nós precisamos de vacina. Nós precisamos vacinar as pessoas para que as vidas voltem ao normal. Nós precisamos de um presidente que considere todas essas questões e não só governe apenas para um pequeno número de pessoas. Estamos aqui porque consideramos que esse presidente não nos representa”, afirmou a presidente da ADUA, Ana Lúcia Gomes, que participou da manifestação no Centro de Manaus.
Em Itacoatiara (AM), discentes e docentes do ICET/Ufam também clamaram nas ruas “Fora Bolsonaro e Mourão”. Durante a manifestação, os e as manifestante também defenderam a demarcação das Terras Indígenas e se posicionaram contra o Marco Temporal (PL 490).
Foto: Fabrício Valentim/ADUA
O ANDES-SN realizou a cobertura ao vivo das mobilizações com transmissão pelo canal no YouTube e Facebook. Além da ADUA, diversas outras seções sindicais do Sindicato Nacional realizaram atividades em suas cidades como as associações dos docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff), da Universidade Federal do Pará (Adufpa), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (ADCEFET-RJ) e dos Professores da Universidade do Rio Grande (Aprofurg).
‘‘O modelo político imposto por Bolsonaro quer destruir os serviços ao privatizá-los para continuar promovendo um grande atentado à vida do povo brasileiro. Além da Educação Pública, a presença nas ruas afirma a vida acima dos lucros e se caracteriza como um dia nacional de luta contra a privatização das estatais que tem na mira mais recente os Correios, instituição indispensável para oferecer serviço ao conjunto do povo brasileiro que vai além da entrega de mercadorias e correspondência”, disse a presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura.
Foto: Caio Amorim/ADCEFET-RJ SSind
Foto: Aprofurg/Divulgação
Foto: ADUFPA/Divulgação
Fontes: ADUA com informações do ANDES-SN, CSP-Conlutas, Aprofurg, ADCEFT-RJ, ADUFPA e TV Aduff
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26/07/2021
