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Trabalhadores da Ufam falam sobre Dia do Servidor Público



Comemorado no último dia 28 de outubro, o “Dia do Servidor Público” foi criado pelo decreto1.713, de 28 de outubro de 1939, pelo presidente Getúlio Vargas, chamado inicialmente de “Dia do Funcionário Público”. Em 1990, com a instituição do Estatuto dos Servidores Públicos do Brasil, no governo Collor, passou a se chamar “Servidor Público”. Na Ufam são mais de três mil servidores ativos no atendimento ao público e alguns disseram que há muito que comemorar.

A história do funcionalismo público tem mais de 200 anos. Ela começou com a vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808. Em função disso ocorreu a necessidade do trabalho administrativo da máquina de acordo com o interesse real. Com a proclamação da independência, o país virou império, depois república e ao longo de sua história estavam presentes os servidores.

Os servidores públicos são os responsáveis, nas esferas municipal, estadual e federal, pela manutenção e organização dos serviços prestados a população do país. Atualmente o cargo de servidor público é muito desejado por muitos em razão da estabilidade e, de uma maneira geral, por bons salários.

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Carlos Almeida, servidor técnico-administrativo da Faculdade de Educação da Ufam, considera uma data muito importante mesmo com as políticas de exclusão e do desmonte do Estado brasileiro. “Eu considero uma data muito importante. Alguns dizem que não se tem o que comemorar. Acho que temos que comemorar sim. Apesar da política de reformas no serviço público, de privatização das universidades, temos que comemorar. O dia é nosso. No passado era uma data muito festiva fazíamos festa no campus. Sou contra a mudança da antecipação do dia 28. A data deve ser comemorada no dia. Ser servidor público, na minha concepção, é ser um cidadão tão importante como qualquer outro profissional. As condições de trabalho, lamentavelmente têm piorado, em função da política do Estado mínimo, ao longo da década de 90. O bom de ser servidor público é a possibilidade de crescer intelectualmente. O que mais me incomoda é o discurso da mídia de que o servidor público é corrupto. Vivemos num país que está impregnado na corrupção. Somos colocados como se todos fossem corruptos. Apesar da política violenta de destruição das universidades quem continua fazendo pesquisas no país, mais de 90%, são as instituições públicas. É uma atividade fundamental para o desenvolvimento do País”, disse o sindicalista.

A servidora Maria Nilba Ferreira Couto, assistente administrativa da Ufam, lotada na Comvest, afirma que o dia do servidor público deve ser comemorado e ressaltou a história de luta dos servidores públicos no Brasil. “Penso que nesses 74 anos da instituição da data existiu uma diversificada história de lutas, conquistas, desafios, lágrimas, sangue derramado, vitórias, somando-se à vida de cada um desses profissionais. Acredito que ao longo dessa história os servidores públicos demonstraram muitos atos de heroísmo em prol do Brasil e merecem ser reverenciados por todos os gestores do país. Logicamente que ações negativas e comprometedoras também se somam a essa história. Na Ufam, pouco se debate sobre a importância ou não do papel dos servidores públicos, essência na condução da Universidade, a meu ver. Muitos servidores tiveram o privilégio de trabalhar e ter o reconhecimento digno do seu trabalho pela gestão superior da Ufam, outros, simplesmente passaram, contribuíram e foram esquecidos. Penso que deveria haver esse resgate como forma de reparo aos esquecidos. É importante lembrar que o servidor público deve ter consciência do seu papel social, e exercê-lo com dignidade, lealdade, transparência e imparcialidade”, disse a servidora.

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), José Belizário, disse que a data tem um simbolismo muito importante e temos muitos motivos para comemorar, pois desenvolvemos funções importantes. “Nós servidores da Ufam desenvolvemos funções importantes no serviço público. Temos muitos motivos para comemorar, pois o nosso objetivo é produzir o conhecimento científico (filosófico, antropológico, social, geográfico, histórico, matemático, entre outros). É nesse sentido que temos que comemorar. Estamos empenhados em construir uma universidade de qualidade. Vivemos um momento de sucateamento das universidades e lutamos para a construção de uma universidade pública de qualidade. Temos as entidades que se unem para lutar por isso. A Universidade até agora é resultado da união dos servidores na luta pela instituição de qualidade. Esses servidores continuam lutando”, afirmou o presidente da Adua.
 
O servidor da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), Luiz Simão Botelho Neves (conhecido como Botelho), se disse satisfeito como servidor público da Ufam e não tem o que reclamar da instituição, “não tenho o quê reclamar, gosto do que faço. Gosto de fazer o melhor pela instituição. Quero ver a instituição a cada administração melhor. É um patrimônio nosso. A Universidade tem melhorado como um todo, infelizmente o salário poderia ser melhor, mas, depende do Governo Federal não do reitor. Não tenho nenhuma frustração como servidor desta instituição. Trabalho há 41 anos na Ufam e me sinto bem”, disse.

Fonte: Ufam



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