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Nas ruas, professores do Rio resistem há quase 2 meses contra precarização



Há quase dois meses em greve, os professores da rede estadual e municipal do Rio de Janeiro pressionam o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. Os professores da rede municipal, que haviam suspendido a paralisação em 10 de setembro depois de quase um mês parados, decidiram retomar a greve em assembleia na última sexta-feira (20).

Os profissionais de educação da rede estadual querem aumento salarial de 20% e melhores condições de trabalho. Segundo a coordenadora do Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Ivanete Conceição, o plano de carreira elaborado pela prefeitura não atende a 93% da categoria.

“O governo encaminhou direto à Câmara dos Vereadores um projeto que é totalmente contrário ao que reivindicávamos. Deixa de fora 93% da categoria.”

Os professores querem a retirada do caráter de urgência do plano de carreira, que deveria ser enviado à Câmara até a última terça-feira (24).

Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 19% para compensar perdas salariais, garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares e concurso público para professores e funcionários administrativos.

Segundo Ivanete Conceição, a categoria pede também atenção quanto à precarização das condições de trabalho.

“É uma precarização que não passa somente pela estrutura física da escola, mas muito pela questão pedagógica. A maneira como está organizada as propostas pedagógicas na rede municipal. A base da categoria tanto no município quanto no Estado hoje acabam se vendo tendo que fazer esse nível de reação, resistência através das greves para pressionar os governos a rever essa pauta pedagógica que acaba afetando o dia a dia desse professor.”

Fonte: Brasil de Fato



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