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Bancários do Amazonas aderem à greve nacional por reajuste salarial



Os bancários do Amazonas decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira (19) em adesão ao movimento nacional. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado, Nindberg Santos, os trabalhadores pedem reajuste salarial, aumento do piso, melhores condições de trabalho, entre outros benefícios. De acordo com a categoria, a greve é por tempo indeterminado. A expectativa é de 70% de adesão.

O presidente do sindicato informou que o movimento grevista deve contar com praticamente todo o efetivo de funcionários do Amazonas, correspondente a 3,5 mil bancários. Segundo ele, o estado conta com 204 agências, sendo que 125 estão localizadas em Manaus. No fim do dia o Sindicato vai divulgar a adesão à greve.

"Não tivemos uma contraproposta além da que foi apresentada no dia 6, que foi de 6,1%, o que descontentou todo o movimento sindical e, principalmente, a categoria. No dia 12 foi decidida a greve", explicou.

Nindberg Santos informou ainda que a adesão das agências, tanto da capital quanto do interior, deve acontecer a partir desta quinta. Agências de Manacapuru, Parintins, Maués, Itacoatiara e Coari devem aderir ao movimento. Com a paralisação, apenas os caixas 24h, loterias, internet e correspondentes bancários continuarão em funcionamento.

Por volta das 9h, clientes não conseguiam realizar serviços em agências bancárias na Avenida Djalma Batista, Centro de Manaus. O industriário Jônies Melo, de 37 anos, ficou sem atendimento nesta manhã. "Necessito diariamente do serviço bancário. Estou preocupado com o tempo dessa greve, preciso do serviço com grande freqüência", disse. "Precisei ir à agência para pegar um cartão da agência e não havia nenhuma informação", reclamou a copeira clínica, Plácida Guimarães, 43.

Na Avenida André Araújo, na Zona Centro-Sul, agências sinalizavam a greve, mas algumas realizavam atendimentos. O comerciante Paulo Cesar, de 46 anos, aguardava por atendimento. Ele criticou o movimento grevista e disse que a população não pode ser prejudicada. "Acho isso um absurdo. O banco remunera mau os funcionários, e a população é quem paga por isso".

Reivindicação

A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860, aumento do auxílio alimentação, refeição, creche e educação.
A contratação de mais funcionários também é um das reivindicações. "Queremos a contração de mais bancários. As instituições estão abrindo mais agências, remanejando funcionários das agências antigas para as novas, sem contratar pessoas, isso está extrapolando a jornada de trabalho dos colegas, estamos sem dar um atendimento de qualidade", disse.

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Como pagar contas

A Federação Nacional dos Bancos orienta à população como pagar as contas que estão dentro do prazo e também as vencidas. Segundo a Federação, o cliente pode usar a internet, o banco por telefone, além de aplicativo do banco no celular. Há também os caixas eletrônicos e rede 24 horas, que ficam disponíveis em supermercados, aeroportos, shoppings, lojas comerciais e centros comerciais, além dos correspondentes, que estão espalhados por todo o Brasil.

Em nota a Febraban lamentou a posição dos sindicatos. A instituição informou que a greve "causa transtorno à população", e reitera que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente".

Fonte: Portal G1/Amazonas



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