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Seminário Estado e Educação amplia debate sobre políticas públicas para o setor



Superando a expectativa de público, cerca de 100 pessoas dos três segmentos da academia, participaram, no último final de semana, do III Seminário Estado e Educação do ANDES-SN. O encontro aconteceu na Universidade Federal de Viçosa (UFV), sediado pela Aspuv – Seção Sindical, entre os dias 13 e 15.

Márcia Cristina Fontes Almeida, presidente da Aspuv, ressaltou a importância de receber um evento do Sindicato Nacional em Viçosa. “É uma honra receber um evento do ANDES-SN em nossa cidade, visto a grandiosidade desse sindicato”. Márcia ressaltou ainda que a Seção Sindical está completando 50 anos de luta e história, motivo este para se comemorar ainda mais por ter sediado um Seminário que agrega conhecimentos, momentos de discussão e reflexão.

Na mesa de abertura, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, lembrou que um dos pontos centrais do seminário é armar a categoria para a luta contra políticas governamentais, que vêm sendo implementadas, propositalmente, de forma fragmentada, no sentido de aprofundar a mercantilização da educação e a precarização das condições de trabalho e ensino.
“Uma das ações de nossa resistência é construir o Encontro Nacional de Educação, aprovado no 32º Congresso do Rio de Janeiro. Para isso, é necessário que colhamos elementos durante este Seminário e que, em cada estado, sejam realizados os encontros estaduais”, destacou.

Segundo Marinalva, o objetivo do Encontro Nacional, previsto para 2014, é “fortalecer a ampla articulação no interior da sociedade, construindo uma proposta alternativa à que vem sendo empreendida pelo governo, com elementos para contribuir na direção de uma política de estado efetiva para a educação pública”.

A presidente do Sindicato Nacional enfatizou que a realização deste encontro significa retomar a agenda de luta pela educação pública e gratuita, direito de todos e dever do Estado, e, assim, resgatar o papel da sociedade brasileira na elaboração de propostas para a educação.

Durante os três dias, para aprofundar o debate, foram abordadas as seguintes temáticas: “Condições de Trabalho nas IES Públicas”, “Autonomia Universitária”, “Políticas de Financiamento da Educação Pública e PNE”, “Política de formação docente e EBTT: o papel dos CAP e dos IF” e “Políticas de Formação docente nas Licenciaturas: embates nas Ciências Naturais”.

Para Antônio Libério de Borba, 2º vice-presidente da Regional Leste do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes, um dos pontos importantes do seminário foi a ampliação da discussão sobre os Colégios de Aplicação, debatendo a questão da natureza das unidades como parte do projeto universitário.

“Existe uma circular da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação recomendando aos reitores das Universidades Federais a municipalização do ensino infantil. Vemos essa orientação com apreensão, pois ela interfere diretamente na autonomia das instituições. Entendemos que o ensino infantil oferecido nos colégios é um locus de formação para os professores que são formados nas universidades federais”, pontou Libério, lembrando que também foram debatidos também a falta de infraestrutura e vagas para docentes nos CAP. 

Segundo o diretor do ANDES-SN, a entidade deve se posicionar a respeito da situação dos Colégios de Aplicação e cobrar mais atenção do MEC à questão. “O acúmulo do debate no Seminário contribuirá para dar mais força e visibilidade a essa luta”, ressaltou.

De acordo com João Negrão, da coordenação do Grupo de Trabalho em Política Educacional do ANDES-SN (GTPE), o seminário superou a expectativa de público e conseguiu reunir entre os participantes docentes, técnicos-administrativos e estudantes. “Com isso, produzimos uma reflexão muito rica acerca dos temas pautados. Creio que conseguimos avançar na discussão e temos bons subsídios para encaminhar a construção do Encontro Nacional de Educação”, avalia Negrão.

Fonte: ANDES-SN



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