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  28/04/2021



28 de abril: Dia Mundial da Educação é em defesa da educação pública



 

No dia 28 de abril é celebrado o Dia Mundial da Educação. No atual contexto, em que escolas do mundo inteiro sofrem com os efeitos da pandemia causada pela Covid-19, diversos são os olhares para este tema tão caro para toda a humanidade, mas ao mesmo tempo inacessível ainda a grande parcela da população.

 

A data decretada como marco foi definida durante o Fórum Mundial de Educação de Dakar, que aconteceu em Senegal, em 2000. Durante o evento, 164 países, dos 189 países participantes, se comprometeram em facilitar o acesso à escola, com a assinatura de um documento com metas a serem alcançadas até 2015, que em síntese garantiriam a expansão e melhorias no ensino infantil e de grupos vulneráveis, o acesso de mulheres ao ensino, o aumento da alfabetização de adultos,  assim como a melhor qualidade  na educação em geral visando o desenvolvimento das habilidades essenciais para a vida.

 

No decorrer dos anos alguns progressos nessas pautas foram alcançados, mas a batalha continua, pois a educação é movimento.  E a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) há 41 anos atua diretamente em defesa dessa educação.

 

Desde sua criação, em 28 de outubro de 1979, a ADUA levanta a bandeira de luta por uma universidade democrática, popular e amazônica, com a valorização do ensino, pesquisa e extensão na instituição onde seus professores sindicalizados atuam. Indo contra a censura e perseguições.  Essa luta reflete na sociedade em geral, em especial nos períodos sombrios, onde a educação se torna sinônimo de resistência.

 

A Adua ampliou seu leque e hoje abraça as pautas relacionadas as questões indígenas, das mulheres, LGBTQ+, negros, em defesa do serviço público e dos (das) servidores (as).

 

Em tempos em que o governo se alia ao vírus da Covid-19, a única esperança é resistir. Assim, luta por vacina para todos e todos, lockdown urgente e auxílio emergencial digno é a luta de quem também defende a educação. A luta também é em respeito ao luto, uma vez que a ADUA já perdeu significativas vidas de docentes que muito contribuíram com a educação no Amazonas.

 

Segundo a docente Ana Lúcia Gomes, presidente da ADUA, os já existentes cortes orçamentários na educação foram intensificados no governo Bolsonaro e é o que explica a desestruturação da educação pública, com a escolha de ministros não alinhados com uma educação de qualidade. “É absurdo cogitar e acima de tudo aceitar que se retire investimentos de políticas públicas para garantir negociatas com o Congresso Nacional. Necessitamos de investimentos para dar maior atenção à educação básica, remunerando melhor os professores, precisamos equipar as instituições de ensino, contratar mais professores e investir mais na formação docente e na produção científica deste país”, afirma.

 

Neste Dia Mundial da Educação, a ADUA, seção sindical do ANDES, reafirma a luta pela educação gratuita e ampla para todos e todas. “Nós da ADUA, seção sindical do ANDES, lutamos contra estes cortes e defendemos que recurso público deve ser destinado e serviços públicos. A educação deste país precisa ser tratada com seriedade, coisa que este governo não faz”, finaliza, a professora.

 



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