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  12/04/2021



ADUA divulga Cartilha “Universidade sem Violência”



 

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN) realiza na terça-feira (13) uma live com objetivo de divulgar a cartilha “Universidade sem Violência: um direito das mulheres”, que já está disponível para leitura aqui.

 

A cartilha tem como principal objetivo ampliar a discussão e o combate à violência contra as mulheres nos espaços universitários, resultado de pesquisa realizada em 2020.

 

A live será realizada às 19h (horário de Manaus), pelo canal no YouTube da ADUA, com participação da coordenadora da pesquisa, professora Milena Barroso, a mediação será feita pela 2ª secretária da ADUA, Valmiene Sousa. Como atração musical a live vai ter participação de Celestina Maria e Rosejane Farias.

 

A ADUA – que apoia a iniciativa – vai distribuir exemplares impressos da Cartilha para o(a)s docentes da Ufam. A 2ª secretária do sindicato, Valmiene Sousa, afirma que o lançamento da cartilha é um marco para a campanha da ADUA por universidade sem violência, com intenção de provocar o debate e a mudança institucional para o enfrentamento desse fenômeno. “O nosso sindicato entende a necessidade que o tema precisa ocupar tanto na pesquisa científica quanto na nossa luta política, campos que são imbricados, pois muitas mulheres têm sofrido, adoecido e, muitas vezes, sido impedidas de permanecerem em um ambiente seguro”, afirmou.

 

A pesquisa

 

A Cartilha é um dos resultados do estudo “Violência contra as Mulheres na Universidade: uma Análise nas Instituições de Ensino Superior no Amazonas”, realizado ano passado, por meio de visitas, entrevistas, formulário digital e webnário para fomentar as discussões.

 

A pesquisa contou com a participação de 1.166 pessoas das comunidades acadêmicas das instituições públicas de ensino superior do estado, sendo o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

 

Os principais dados da pesquisa foram divulgados no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher), como parte das ações de resistência do movimento feminista e de mulheres em todo o Brasil.

 

Do total de participantes da pesquisa, 38% afirmaram que já foram vítimas de algum tipo de violência na universidade nos últimos cinco anos. Os resultados apontam também que mulheres e homens são vítimas de violência, mas a prática é predominantemente executada por homens, em um percentual que chega a mais de 85%. Entre os registros estão: assédios moral e sexual, estupro, discriminação social, racismo, xenofobia, homofobia, lesbofobia e transfobia.

 

Para a coordenadora da pesquisa, os resultados são muito importantes porque a universidade não está isenta das contradições que constituem a sociedade. “Precisamos compreender a violência contra as mulheres nas universidades como uma questão séria e um grave problema que dificulta em vários aspectos a participação das mulheres no espaço acadêmico(...) Além disso, a ausência de serviços de proteção às mulheres é um desafio que às instituições de ensino superior precisam enfrentar, afinal uma universidade sem violência é um direito de toda a comunidade acadêmica”, afirmou Milena Barroso.

 

O estudo envolveu uma equipe multidisciplinar de pesquisadore(as) e teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). A previsão é que ainda no primeiro semestre de 2021 seja lançado um livro relacionado à temática da pesquisa com a participação de diversas autoras que estudam a violência contra a mulher e o sexismo no ambiente acadêmico.

 

Baixe aqui a Cartilha “Universidade sem Violência: um direito das mulheres”,

 

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