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Professores da Ufam mantém indicativo de greve



O acordo assinado nesta sexta-feira (26) pelos dirigentes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o governo federal para aplicação de 4% sobre a remuneração total dos professores, em atenção à parte de pauta emergencial, não representa sinal de desmobilização da categoria. Pelo menos não para os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Em Assembleia Geral (AG) realizada na tarde de hoje, eles decidiram, por unanimidade, pela manutenção do indicativo de greve até que a negociação seja aprovada pelo Congresso Nacional.

Durante a AG, os professores também votaram pela permanência em estado de mobilização até que as discussões com o governo federal sobre o Plano de Carreira Docente sejam encaminhadas. O primeiro passo para a manutenção da proposta deve ocorrer dia 14 de setembro, quando a direção do Andes-SN tem encontro marcado com representantes dos Ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para dirimir sobre a pauta da categoria.

A criação de uma agenda de mobilização unificada com os técnicos administrativos em educação, em greve há mais de 80 dias na Ufam, também foi uma das propostas aprovadas pelos professores. A ideia é criar um calendário local, ampliando a parceria com a direção da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), com intuito de forçar o governo a abrir um canal de negociação com essas entidades.

“O governo reconheceu que a carreira docente está bastante defasada em relação aos demais servidores públicos federais”, disse o dirigente do Andes-SN, Almir Menezes Filho, convidado da Adua para atualizar a categoria local sobre o resultado das negociações feitas em Brasília. O professor está em Manaus, com uma comissão do Sindicato Nacional, para avaliar as condições infraestruturais da cidade para a realização do próximo congresso do Andes-SN, previsto para ocorrer na segunda quinzena de janeiro.

O representante do Sindicato Nacional reconheceu que o acordo não atende à pauta geral do Andes, mas amplia a possibilidade de negociação do Plano de Carreira Docente, que, ao lado da Campanha 10% do PIB para a Educação, é uma das principais bandeiras do movimento. “A proposta básica é criar uma só linha no contracheque e acabar com os penduricalhos”, disse, de forma taxativa.

O presidente da Adua, Antonio Neto, avaliou positivamente a decisão tomada não somente pela direção do Andes, mas pelo colegiado das seções sindicais. “Temos que avaliar o nosso movimento e explorar a nossa capacidade de negociação, inclusive com outras categorias, para fortalecer a mobilização”, disse. “O ganho financeiro negociado é pífio, mas podemos acumular forças para um projeto mais amplo”, endossou o representante regional do Andes-SN, Jacob Paiva.

Fonte: Adua-SS



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