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  29/03/2021



Nota de pesar - Paulo Pinto Monte



 

A ADUA vem a público manifestar seu profundo pesar e tristeza pelo falecimento, no sábado (27 de março), do professor Paulo Pinto Monte, do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

 

 

A ADUA se solidariza aos familiares e amigos deste filósofo e antropólogo, que atuava no ensino desde 1984 e tanto se dedicou aos estudos dos povos indígenas. Sua presença se fará constante na memória de seus colegas e no bosque que ajudou a construir no IFCHS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia a homenagem do professor José Alcimar de Oliveira ao colega:

 

Paulo Pinto Monte, Presente!

 

Foi com muita tristeza que Nira e eu recebemos  a notícia  do falecimento do nosso amigo e Professor Paulo Pinto Monte (13.09.1954 - 27.03.2021), do Departamento de Filosofia, IFCHS-UFAM. Conversei com sua irmã, Magali neste domingo, 28 de março de 2021 e nesta tarde chuvosa e amazônica. Como era seu desejo, seu corpo será cremado no Cemitério Recanto da Paz, no dia 30 de março de 2021. Ele pediu que suas cinzas fossem lançadas, semeadas (dizendo melhor) no bosque em meio às árvores plantadas por ele no nosso Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais,  que era sua segunda morada. Teremos que aprender a conviver com o silêncio de sua voz, sem a presença de seu modo justo e indignado de ser. A cada dia o nosso querido Paulão trazia o sol da manhã ao nosso Instituto. Ele sempre me chamava de Frei Alcimar, e sempre trazia à memória que eu havia celebrado o batismo de seu único filho, Ammer, na Comunidade Eclesial de São Dimas, o Bom Ladrão, na Paróquia de São Jorge. Fazia questão de, a cada vez que nos encontrávamos nos corredores do velho ICHL, pedir a minha bênção e sempre mandava um afetivo abraço para minha esposa Rosenira (Nira), com a lembrança dos quitutes. Perdemos um amigo do coração. Quem o conheceu sabe o quanto era um ser desapegado, irredento e desmedidamente generoso com o próximo e nem sempre cuidadoso com a própria saúde. Magali sempre me falava da teimosia de seu mano. Uma coisa é certa:  no seu atual abrigo, cercado de santos e anjos, ele não vai abrir mão de sua inseparável carteira de cigarro. Desde ontem o ceu ficou menos silencioso e mais incensado. Paulão e São Pedro chegarão a um entendimento.

 

Vá em paz, querido Paulão.

 

Dos seus  amigos Rosenira Monteiro da Costa Oliveira  e  (Frei) José Alcimar de Oliveira, em Manaus, AM, 28 de março de 2021.

 

 



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