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Começa apuração de crimes da ditadura contra sindicalistas e trabalhadores



Centrais Sindicais, militantes dos direitos humanos e Comissão Nacional da Verdade (CNV) se reuniram terça (16) na sede da Presidência da República, em São Paulo, para ultimar os acertos do Ato Sindical Unitário, que será realizado dia 22 na Capital.

O evento, na rua do Carmo, 171 (Centro), a partir das 9h30, marcará o início das atividades públicas do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical na CNV. Em entrevista à Agência Sindical, Rosa Cardoso, coordenadora nacional da Comissão, conclamou o sindicalismo a buscar documentos, colher depoimentos e juntar material que comprovem abusos cometidos pelo regime ou por empresas em conluio com órgãos da repressão.

Indenização - Durante os debates, surgiu a ideia de se buscar indenização a trabalhadores de empresas que colaboraram com a ditadura, estimulando perseguições. “Queremos reparação política e financeira para essas pessoas, que foram perseguidas e tiveram seus direitos cerceados”, afirma a coordenadora.

Há dois meses, o GT do movimento sindical apura casos de perseguição a militantes e intervenções em Sindicatos. Esses levantamentos darão subsídios para denúncias e ações em âmbito judicial.

Juruna - João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, está otimista com o Ato Sindical Unitário, que ocorrerá na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados. Segundo ele, o evento marcará a memória dos 30 anos da greve geral de 1983, quando São Paulo parou.

Mancha - Luiz Carlos Prates (Mancha), dirigente da CSP-Conlutas, também falou à Agência Sindical. Citou perseguições por empresas estatais e privadas. “Muitos RHs enviavam a ficha funcional do trabalhador para os órgãos de repressão do regime”, conta o sindicalista.

O Ato Sindical Unificado "A verdade e a memória dos trabalhadores – Por justiça e reparação" será aberto ao público. O evento acontece dia 22 (segunda), às 9h30, à rua do Carmo, 171, Sé. Apoios: CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT.

Fonte: Agência Sindical



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