Documento sem título






     Notícias






Entidades sindicais avaliam positivamente paralisação



Representantes da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) e de demais entidades participantes do ‘Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações’, realizado nesta quinta-feira (11), avaliaram positivamente a mobilização que reuniu aproximadamente 1,2 mil manifestantes em diferentes pontos do centro de Manaus.

O presidente da Adua, José Belizario, considera fundamental a aproximação dos movimentos sindicais com a população, para que aumente o “coro” em defesa do repasse de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública imediatamente. “Nós, como entidades sindicais, queremos apresentar à população um projeto alternativo, diferente daquele criado pelo Governo Federal, comprometido com a construção de uma universidade pública, gratuita, de qualidade, democrática e socialmente referenciada”, disse, acrescentando que tanto as universidades quanto as escolas da rede básica estão sucateadas. “Por isso, é importante os professores saírem às ruas, para esclarecer essa situação da precariedade!”.

Antes de partirem para o Centro da capital, docentes, técnico-administrativos e estudantes da Ufam fizeram um ato na entrada do Campus Universitário. Para o presidente do Sintesam, Carlos Almeida, o fechamento do Campus, durante a realização de um café da manhã, superou as expectativas e caracterizou uma resposta dos três segmentos aos desmandos do governo federal. “Com exceção dos funcionários do HUGV, a adesão foi de 100%. Nas unidades do interior do estado como Itacoatiara, Coari, Humaitá e Parintins as atividades também foram suspensas em apoio ao ato nacional”, afirmou, destacando que o sindicato conta com 1,6 mil sindicalizados.

À frente da direção da Regional Norte 1, do Andes-SN, sediada em Manaus, o professor Tomzé Vale ressaltou que parar a normalidade do expediente na Ufam durante toda a quinta-feira serviu para que a reitoria percebesse a força das categorias unidas. “Nosso objetivo é chamar a atenção dos professores e alunos que não estão engajados no movimento para a seriedade da luta e a coerência das nossas reivindicações”, frisou.

Segundo a representante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (ANEL), Débora Massulo, atos como o ocorrido nesta quinta-feira possibilitam a arregimentação e o diálogo com novos adeptos. “Alguns alunos e professores foram chegando para estudar ou dar aula e acabaram aderindo à luta. Nessa ação pudemos travar diálogos com quem não está familiarizado com o movimento”, afirmou.

Representando a Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas), Hebert Amazonas parabenizou a Adua e demais entidades pela aglutinação de sucesso dos docentes e técnicos administrativos. “Estes são os primeiros passos de grandes mobilizações que estão por vir, no país. Temos dinheiro para a Copa do Mundo de Futebol e para o agronegócio, precisamos ter para atender as reivindicações dos trabalhadores também”, criticou.

Movimento Indígena – Abraçada pelos movimentos dos Trabalhadores Sem Teto e Movimento Passe Livre (MPL), a manifestação realizada na avenida Eduardo Ribeiro contou ainda com a presença de lideranças indígenas lutando por melhores condições de moradia, saúde e educação.

De acordo com o cacique do Movimento Indígena por Uma Vida Melhor, Sebastião Kokama, 51, atualmente 38 mil índios Kokama habitam o alto Solimões, estando sete mil destes em Manaus. “São 43 aldeias no entorno de Manaus e a maioria precisa de uma moradia digna. Há sete anos lutamos para garantir este direito básico”, informou, destacando que no próximo dia 20, vários caciques se mobilizarão no bairro da nação indígena, no Tarumã, para reivindicar melhores condições de vida.

Fonte: Adua



Galeria de Fotos