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    Quem Somos




A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) é uma Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). É, portanto, pessoa jurídica de direito privado, com natureza e fins não-lucrativos, criada para defender e representar as e os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Goza de autonomia política, administrativa e financeira garantida pelo seu regimento e pelo estatuto do ANDES-SN.

 

 

 

OBJETIVO

 

 

 

A ADUA - Seção Sindical tem por objetivo básico organizar sindicalmente as e os docentes da Ufam e que tenham sua proposta de filiação aprovada pela diretoria, gozando, para tanto, das prerrogativas sindicais asseguradas na Constituição Federal, inclusive a de representação dos interesses das e dos associados ligadas e ligados a sua base territorial, em juízo ou fora dele, sobretudo na qualidade de substituto processual.

 

 

 

HISTÓRICO

 

 

 

"Naquele domingo de outubro, dia 28 de 1979, com açaizeiros espocando até oito cachos por pé, nascia um outro fruto amazônico: a ADUA – na época, Associação dos Docentes da Universidade do Amazonas - que acabava de ser criada por 36 professores, na presença solidária de dois estudantes" (citação do professor José Ribamar Bessa Freire, em artigo de aniversário de 10 anos da ADUA).

 

 

O nome escolhido inicialmente pelos professores e pelas professoras foi Associação Representativa dos Docentes da UA (sigla de Universidade do Amazonas, como era chamada a Ufam). Mas, a sigla "Ardua" não agradou e acabou tornando-se "ADUA". A Associação não nasceu com objetivos recreativos. Trazia entre seus princípios a luta por uma universidade democrática, popular e amazônica.

 

 

Quatro anos após a criação da ADUA, as e os docentes aprovaram um documento intitulado Carta de Princípios que, em cinco pontos, definia o que é a ADUA e quais os princípios gerais norteadores da conduta da entidade que, em síntese, são:

 

 

 

1) A ADUA é, por definição, uma entidade de defesa das e dos docentes e, como tal, instrumento de combate pelos interesses imediatos, específicos, históricos e gerais dos professores da UA;

 

 

 

2) A luta dos professores deve ser direcionada, prioritariamente, para a transformação da instituição onde atuam como profissionais, devendo, para isto, definir seus interesses em relação à função da Universidade. Constitui interesse dos professores melhorar a qualidade do Ensino oferecido, redirecionar a pesquisa para a produção de novos conhecimentos sobre a problemática regional e colocar a extensão a serviço dos reais interesses da população. Por esta razão, os professores se propõem a lutar pela transformação da UA em uma Universidade DEMOCRÁTICA, POPULAR e AMAZÔNICA;

 

 

 

3) Além do lugar onde trabalham, os docentes da UA têm interesses definidos relacionados à sociedade amazônica onde vivem e em particular se preocupam com a realidade educacional do Estado do Amazonas, caracterizada por um ensino alienado e anacrônico. A ADUA participará ainda ativamente de todos os movimentos que levantem as grandes bandeiras de luta da Amazônia;

 

 

 

4) Em relação à problemática brasileira, a ADUA manifesta a sua decisão de lutar de forma integrada com docentes de outras universidades brasileiras, através da sua entidade nacional - ANDES - pelos interesses imediatos e históricos dos professores de todo o Brasil;

 

 

5) A ADUA, para poder defender os interesses imediatos e históricos dos docentes, manifesta-se como uma entidade autônoma e independente da patronal (reitoria), do próprio Estado e dos partidos políticos. A ADUA é uma entidade apartidária.

 

 

A ADUA nasce num período de muita tensão, marcada pelo início da derrocada do regime militar, que se consumaria seis anos mais tarde. Havia uma vontade generalizada na sociedade brasileira de mudança, de mais liberdade, de cidadania. As trabalhadoras e os trabalhadores começavam novamente a se organizar em sindicatos e muitas greves estavam sendo deflagradas em todo o país.

 

 

No âmbito da Universidade, a palavra de ordem era democracia. E essa foi a principal bandeira de luta, não apenas da ADUA, mas das associações docentes que surgiram em praticamente todas as universidades públicas naquele momento. A ADUA teve um papel fundamental nas mudanças que ocorreram na instituição.

 

 

Nesses 44 anos de existência, a ADUA, em conjunto com outras associações de docentes, participou de quase todas as greves nacionais empreendidas pelo Sindicato Nacional. A de 1989 levou à perda do período letivo. A de 2001, considerada uma das maiores da história do movimento docente, não somente pelas conquistas e pelo tempo que durou, mas pelo envolvimento das e dos docentes no movimento paredista, mobilizou grande parte da categoria docente. Porém, na greve de 2003, contra a Reforma da Previdência do Governo Lula, a adesão das professoras e dos professores foi reduzida exatamente pelo efeito nefasto das políticas neoliberais junto ao serviço público e, principalmente, no seio da Universidade Pública Brasileira.

 

 

Em 2012, a ADUA foi uma das primeiras seções sindicais do ANDES-SN a deflagrar, no dia 17 de maio, aquela que é considerada a maior greve da história das instituições públicas de ensino superior. Ao todo, foram 120 dias de mobilização e luta em defesa da educação pública de qualidade, de uma carreira docente e de melhores condições de trabalho na universidade. A greve foi suspensa no dia 17 de setembro do mesmo ano, mas não a mobilização. Desde lá, a categoria continua alerta no combate às tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores por parte do governo e ainda de precarização das instituições públicas.
 


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