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Câmara vota autorização de investigação contra Temer por corrupção nesta quarta



A crise política brasileira terá mais um capítulo, nesta quarta-feira (2), com a votação na Câmara dos Deputados da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção. Os deputados irão decidir se autorizam ou não o prosseguimento da investigação. Para que o processo siga para análise e julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) são necessários 342 votos do total de 513 deputados. Para se livrar, Temer precisa de 171 votos a seu favor.

No dia 2 de agosto, as entidades ligadas à Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) devem buscar realizar um dia de lutas para exigir ‘Fora Temer’ e todos os corruptos. A ação também será uma forma de dizer ‘não’ às contrarreformas de Temer, o presidente mais impopular desde a redemocratização do país e que tem a aprovação pífia de 5% da população.

Os deputados irão votar o parecer do relator Paulo Abi-Ackel (PSDB), da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é favorável a Temer e indica a rejeição da denúncia. Portanto, para que Temer seja investigado, a maioria dos deputados tem que rejeitar o parecer da CCJ, que foi aprovado à custa de manobras e escancarada compra de votos.

Pizza à vista

Essa votação tem tudo para ‘acabar em pizza’. De acordo com levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, apenas 188 deputados já declararam que irão votar a favor da denúncia contra Temer. Outros 110 já se disseram a favor do presidente corrupto e outros 215 preferiram não informar. O governo diz estar confiante de que a denúncia será barrada. Analistas políticos têm dito o mesmo. A situação é absurda, mas não será surpreendente se de fato se consumar, se consideramos que é um Congresso, lotado de denunciados na Lava Jato e em outros processos judiciais, que irá julgar Temer. Vergonhosamente, a solidariedade entre corruptos pode prevalecer.

A questão é quais deputados terão a audácia de votar contra a investigação de Temer, diante da enxurrada de denúncias contra o presidente, provas e indícios. A denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), em junho, é baseada nas delações da JBS e na gravação da conversa na qual Temer dá aval para o empresário Joesley Batista manter o pagamento de propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).

Mas, ao que tudo indica, para esse Congresso corrupto, o crime compensa. Além da distribuição de cargos aos partidos, Temer liberou, somente em julho, metade de todo o orçamento empenhado ao longo de 2017. A maior liberação desses recursos em 2017 ocorreu em julho: R$ 2,1 bilhões empenhados (compromissos assumidos para pagamentos posteriores) para as emendas. As liberações acontecem enquanto o governo federal aumenta impostos e edita medidas de ataques aos trabalhadores com a justificativa de que precisa cobrir um rombo fiscal de R$ 139 bilhões.

Continuação da luta

A votação nesta quarta-feira não vai pôr fim à crise política, mesmo que Temer consiga barrar a denúncia. Isso por que a PGR irá apresentar, antes de setembro, novas denúncias contra o presidente. Novas delações como a de Cunha e do doleiro Lúcio Funaro também prometem trazer à tona mais escândalos. Entretanto, Temer segue buscando manter o apoio que ainda lhe resta junto ao empresariado e planeja dar andamento às reformas e o próximo ataque é a Previdência.

A orientação da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas é que os sindicatos filiados realizem assembleias, plenárias, reuniões de comitês e outras atividades para debater e organizar a luta contra o governo, a resistência à implementação da Reforma Trabalhista e a retomada das mobilizações contra a Reforma da Previdência.

A CSP-Conlutas faz também um chamado às centrais sindicais para que mantenham a unidade e retomem urgentemente a mobilização nas ruas para barrar a Reforma da Previdência e revogar as que já foram aprovadas. É necessário convocar um calendário de lutas e construir pela base das categorias em todo o país uma nova Greve Geral.

Fonte: CSP-Conlutas



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