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“A verdade do Brasil está na periferia”, diz Arbex



Oficina de José Arbex antecedeu Conad em Fortaleza


O editor da revista Caros Amigos e professor da PUC-SP, José Arbex, esteve em Fortaleza, no último dia 23, como convidado do Andes-SN para ministrar a oficina “A mídia e a crise invisível do capital”, reunindo professores e jornalistas que participaram do 55º Conad.

Segundo Arbex, a atual conjuntura histórica é extremamente instável, sobretudo quando se tem em foco a crise econômica que assola a União Européia, atingindo especialmente países como Espanha e Grécia. A solução adotada pelo Estado para enfrentar a crise do capital evidencia-se no corte de gastos públicos e no recrudescimento aos movimentos sociais organizados. “A mídia no Brasil não repete isso. Continuamos agindo como se nada fosse mudar em nosso país e como se a crise política e econômica fosse apenas uma ‘marolinha’. A crise já nos atinge”, disse, lembrando que após a eleição para sucessão presidencial no Brasil haverá nova intensificação do ataque aos movimentos sociais organizados.

Diante da conjuntura de incertezas, Arbex lembrou que, em fevereiro de 1917, Lênin havia dito que não viveria para ver a Revolução que ocorreu em outubro daquele ano na Rússia. Ele disse que as mudanças podem acontecer rapidamente, e que o Brasil não está fora deste contexto desfavorável, referindo-se não só aos acontecimentos na Europa como também aos interesses que movem a guerra no Oriente Médio. Para o jornalista, países europeus têm se unido contra os povos islâmicos, em defesa dos interesses de Israel, e é preciso que se explicite o fato de “estarmos diante de práticas políticas fascistas, nazistas”.

Arbex criticou a esquerda brasileira, que, para ele, deve repensar sua forma de atuação política, lembrando uma frase dita por Chico de Oliveira para explicar a desarticulação de muitos setores da esquerda nos últimos anos, sobretudo após a eleição de Lula da Silva. “O maior perigo é que estamos contentes”, parafraseou. “Não vivemos em uma democracia burguesa no Brasil – país que ainda está sob o legado escravista e que é uma máquina de carnificina. Durante os 30 anos de guerra civil na Irlanda, morreram três mil pessoas, o que equivale à quantidade de pessoas assassinadas em apenas três semanas no Brasil. A polícia do Rio de Janeiro mata um Carandiru por mês e, graças ao trabalho da mídia de grande amplitude no país, nós, da esquerda, naturalizamos o massacre do dia-a-dia contra pessoas que vivem à margem da sociedade. A verdade do Brasil está na periferia”, disse.

Arbex afirmou ainda que a “esquerda está dormindo em berço esplêndido” e que é preciso usar a comunicação contra-hegemônica para explicitar não apenas as reivindicações da luta, mas também denunciar a realidade que a “mídia brasileira é competente o suficiente para ocultar”.

Fonte: Aline Pereira/ Adur-RJ



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