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Casos de violência crescem 12% na Ufam e comunidade acadêmica cobra providências



Data: 08/11/2016

Quais as chances de um assalto acontecer no mesmo local, no mesmo horário e fazer vítima a mesma pessoa? Foi o que ocorreu com o estudante de Ciências Econômicas da Ufam Andrew Augusto Braga, 23. Ele é uma das vítimas da violência que vem aumentando dentro da sede da instituição e no entorno do Campus Universitário, razão pela qual a comunidade acadêmica cobra providências.

De janeiro a agosto de 2016 foram registradas 38 ocorrências, entre elas 21 casos de furtos e até agressão física, quase 12% a mais que o total de registros de igual período de 2015. Os dados são da Coordenação de Segurança da Ufam, departamento responsável pela fiscalização, atuação e controle das ocorrências relacionadas à segurança, trânsito e ambiente.

Um dos casos destacados pela Coordenação foi registrado no início do mês de abril, quando ocorreu um assalto no ônibus da linha Integração e os assaltantes fugiram pela área verde do Campus. Um mês depois, fato semelhante ocorreu na linha 125, mas, dessa vez, o infrator foi detido. Em alguns registros, os assaltantes desprezam inclusive obstáculos para realizarem suas ações: neste ano duas armas foram roubadas dos próprios agentes de segurança.

Casos de vítimas a pé, em veículo próprio ou no transporte coletivo – ou ainda a espera dele – têm chamado atenção da comunidade universitária e não é difícil encontrar nas redes sociais virtuais alguém que tenha compartilhado relato dessas ocorrências. “Quando vi os ladrões com armas sai correndo junto com tantos outros alunos que estavam lá. Atiraram. A gente não sabia de onde vinham os tiros e só corremos”, escreveu Alessandra Cavalcante, ao contar sobre o arrastão que ocorreu na noite de 8 de agosto, na parada de ônibus situada na entrada do Campus. O post teve mais de mil compartilhamentos no Facebook.

Por conta da repercussão, estudantes da Ufam e da Faculdade Boas Novas (FBN) fizeram protesto na entrada do Campus Universitário exigindo das autoridades mais policiamento nas imediações das duas instituições de ensino. Após a manifestação, uma viatura da PM passou a fazer “ronda” à noite nas imediações da sede da Ufam, principalmente na entrada do Campus.

É o mesmo local onde o estudante Andrew Braga, diretor de Comunicação do Centro Acadêmico e Cultural de Economia (Cacec), passou por uma situação, no dia 15 de junho, que o deixou em “estado de pânico”. “Após a aula, peguei o Integração e cheguei lá fora por volta das 20h20. Era 20h25, tinha acabado de conferir o horário, quando cheguei sozinho até a faixa de segurança [em frente à sede da Ufam]. Só senti a mão por trás. Os dois assaltantes, armados, estavam numa moto. Foi o garupa que colocou a arma na minha cabeça e pediu a minha mochila. Eles estavam muito nervosos”, conta Andrew.

O estudante calculou o prejuízo. Os assaltantes levaram R$ 800 – quantia que Andrew recebeu para se manter durante o mês de junho –, um celular da Motorola com recursos avançados, cujo preço médio é R$ 2 mil, um relógio e ainda a documentação de aproximadamente 20 estudantes recém-chegados à universidade. “Foi um mutirão que fizemos para retirar a carteirinha da universidade para esses alunos”, disse.

Ele fez o Boletim de Ocorrência no dia seguinte e, enquanto ainda aguarda providências, descreveu o estado de impotência que tomou conta após o assalto. “É horripilante. Depois dessa situação é que percebi o quanto a gente é frágil, vulnerável e como isso afeta: vir pra Ufam hoje me dá medo!”, destacou. O que Andrew não imaginava era passar pela mesma situação na noite seguinte. “Sai da Ufam em estado de pânico na noite seguinte e acabei sendo abordado de novo, no mesmo horário, no mesmo local”, disse. Para ele, a situação chegou a esse nível em virtude de negligência das autoridades. 

Medidas adotadas

Para melhorar a sensação de segurança na área interna do Campus, a Ufam prevê a instalação de mais 50 câmeras de monitoramento eletrônico em toda a universidade até o final deste ano, chegando a um total de 120. Outras 50 devem ser instaladas em meados de 2017. A perspectiva é que a equipe passe a atuar de modo preventivo. “Também vamos intensificar a fiscalização nos serviços da empresa terceirizada, maximizando os recursos materiais e humanos”, afirmou o coordenador de Segurança do Campus da Ufam, Ricardo Pedrosa.

O coordenador considera fundamental a participação da comunidade acadêmica nesse processo, seja por meio da identificação de atos suspeitos ou por meio da adoção de medidas preventivas. “Se houver participação da comunidade universitária nesse sentido, com informação, com precaução, respeito às normas, a gente consegue diminuir esses índices”, disse.
 
Pedrosa também ressaltou que a instituição precisa colocar o assunto em pauta e convocar os três segmentos para o debate. “A gente precisa discutir com a comunidade universitária para achar um caminho. Sozinhos não vamos resolver o problema. A universidade precisa fazer um grande evento sobre o tema para retirar uma diretriz e ter um planejamento voltado para a área”, arrematou. Para ele, a segurança universitária deve ser técnico-científica, para atuar em conjunto com a comunidade universitária, “criando uma nova mentalidade”. “A segurança deve ser pedagógica e não repressiva”, finalizou.

SSP

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) para saber a respeito de casos registrados por professores, técnicos e estudantes da Ufam, vítimas de violência em ações ocorridas no entorno do Campus Universitário e ainda na área das unidades acadêmicas descentralizadas, como as Faculdades de Medicina e de Odontologia. Também questionou sobre as medidas adotadas pela SSP-AM para garantir a segurança na região. Em resposta, a SSP, por meio da Assessoria de Imprensa, se limitou a dizer que no “banco de dados não há filtro especifico sobre essa universidade”.

Fonte: ADUA



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