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Falta de organização e investimento ainda é desafio no combate ao câncer no Brasil



Tendo em vista o Dia Nacional de Combate ao Câncer (celebrado na última quinta-feira, 27 de novembro), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) lançou o Atlas de Mortalidade por Câncer – Versão 2014, ferramenta que permite visualizar as estatísticas e o comportamento da mortalidade por câncer no Brasil. Segundo a instituição, no período de 2003 a 2013, houve redução das mortes pela doença, 0,53% entre homens e 0,37% entre mulheres (taxa de mortes por 1 mil pessoas por ano). A previsão de novos casos, porém, continua alarmante.

Entre as mulheres, o câncer de mama continua sendo a maior causa de mortalidade (12,1 mortes para cada 100 mil). São estimados para 2014, 57.120 novos casos. Fatores relacionados à vida produtiva da mulher, ao envelhecimento, histórico familiar, consumo de álcool, excesso de peso, são aspectos de riscos que influenciam no desenvolvimento da doença. O diagnóstico precoce é ainda o caminho mais efetivo para a cura.

Em entrevista à Adital, o ginecologista da Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC-SP) e especialista em Oncologia Ginecológica pelo Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Eduardo Coscia, avalia que a principal demanda no combate à doença "está relacionada com a falta de organização e investimento. Organização no sentido de captar, de forma efetiva, os pacientes ainda em fases iniciais das doenças, como, por exemplo, ampliar o rastreamento mamográfico do câncer de mama”.

Dados do Inca apontam que a taxa de sobrevida do câncer de mama no Brasil aumentou de 78% (2000) para 87% (2005). De acordo com Coscia, "é de conhecimento de todos que, uma vez detectada a doença em estágio inicial, a possibilidade de cura é muito maior, alem de diminuir a necessidade de algumas modalidades terapêuticas, como a quimioterapia, extremamente onerosa para o Estado”.

No tocante aos investimentos públicos, Coscia reforça que há necessidade de ampliar a disponibilidade de recursos técnicos, diagnósticos e terapêuticos para uma maior efetividade e resultado na abordagem dos pacientes. Segundo o médico, o Brasil, assim como a maioria dos países em desenvolvimento, apresenta problemas crônicos no atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os principais são a disparidade entre o número de pacientes que necessitam de atendimento e o número de profissionais de saúde disponíveis. Quando se fala em atendimento terciário, especificamente para receber e tratar os pacientes portadores de neoplasias, há falta de recursos técnicos.

Câncer de colo do útero

O câncer do colo do útero aparece como a segunda maior incidência de câncer feminino. De acordo com dados do Inca, a estimativa para este ano é de 15.590 novos casos no país. Com a taxa de mortalidade em 4,72 (mortes por 100 mil habitantes), a doença é, no entanto, a primeira mais incidente na região Norte (23,57/100mil) e a segunda nas regiões Centro-Oeste (22,19/100mil) e Nordeste (18,79/100mil). Coscia avalia que houve evolução na prevenção do câncer do colo uterino, sendo a maior delas a implementação da vacina contra o HPV (sigla em inglês para o papilomavírus humano) para meninas pré-adolescentes por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 2014.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% das mulheres terão contato com o HPV em algum momento de suas vidas. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Com mais de 100 tipos diferentes de HPV, cerca de 40 podem infectar o trato ano-genital e pelo menos 13 tipos do vírus são considerados oncogênicos, dentre eles o de maior risco são os tipos 16 e 18 (presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero).

Fatores relacionados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual influenciam no desenvolvimento ou regressão da infecção por HPV. Coscia destaca que houve avanço com a inclusão da vacinação no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para meninas entre 11 e 13 anos em 2014.No entanto, mulheres acima dessa faixa etária também podem e devem ser vacinadas contra o HPV.

Estudo do Inca revela que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente. O especialista reforça que, desde 2013, qualquer mulher, independente da idade, pode ser vacinada com a contra o HPV oncogênico 16 e 18, que está disponível na rede privada e tem dados comprovados de efetividade na proteção contra as doenças do colo uterino em todas as faixas etárias. O médico avalia que a ampliação da vacinação em massa, pode diminuir mais rapidamente o número de casos novos dessa neoplasia no país.

Sistema Público de Atendimento

Para Coscia, o controle do câncer de mama deve ser prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, lançado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em 2011. Cada vez mais, estão disponíveis nas farmácias de alto custo medicamentos novos e eficazes para o tratamento do câncer de mama da população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Atualmente, portadoras da doença têm acesso a chamada ‘terapia alvo’, com um dos mais efetivos medicamentos, que foi disponibilizado em 2012 pelo Ministério da Saúde, após um investimento de aproximadamente R$ 130 milhões por ano.”, afirma.

Fonte:
Adital



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