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CSP-Conlutas faz balanço e discute plano para 2014



Entre os dias 22 e 24 de novembro, a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas esteve reunida em São Paulo (SP), com a realização de debates sobre a conjuntura nacional e internacional, além de discussão sobre a atuação da Central nas lutas e na organização dos trabalhadores ao longo do ano e apresentação do plano de ações para preparar as lutas para 2014. Na avaliação dos participantes, o próximo ano promete ser de intensas mobilizações.

“A reunião foi muito positiva porque fez uma avaliação do ano de 2013 e apontou as ações para 2014. Foi destacado que o ano de 2013 foi marcado pelas mobilizações de junho e que 2014 tende a ser um ano de mobilizações, sobretudo pela realização da Copa do Mundo, entre outros acontecimentos. A alta da inflação também indica a tendência de se ter mais manifestações”, avalia o 2º secretário do ANDES-SN e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Rizzo.

O diretor do ANDES-SN destacou ainda que a reunião abordou o processo de organização da campanha salarial dos servidores públicos federais para 2014 e um chamado para março, com a realização de mobilizações em Fortaleza, durante a Cúpula dos BRICs. “O objetivo é denunciar os problemas que estão ocorrendo, em relação aos despejos, desapropriações, entre outras situações, por conta da Copa do Mundo e da situação econômica do país”, explica.

Debates

O primeiro dia da reunião (22) foi pautado pela avaliação da conjuntura nacional e internacional e as intervenções iniciais, motivadoras dos debates, ficaram a cargo do diretor do ANDES-SN, que contou também com a participação do representante da Oposição Bancária (Mnob) e da Secretaria Executiva Nacional da Central, Sebastião Carlos – Cacau. Os trabalhos foram conduzidos pela representante da Federação dos Gráficos de Minas Gerais e da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Eliana Lacerda, e pela dirigente do Sinte e também da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Joaninha de Oliveira.

Rizzo iniciou sua fala com um resgate das mobilizações no norte da África e Oriente Médio e sobre o a Primavera Árabe, em que o povo desses países derrubou regimes ditatoriais e ainda prossegue sua luta exigindo direitos e liberdade. Na América Latina, o diretor do ANDES-SN destacou as crises políticas no México e na Venezuela, além de citar a Colômbia, que em sua avaliação é fonte de inspiração para ações políticas realizadas aqui no Brasil, “chamadas de pacificadores”, sobretudo, no Rio de Janeiro. Rizzo também fez menção à crise do déficit externo e entrega do petróleo na Argentina.

As lutas tomam as ruas

Neste contexto, que teve como marco a crise econômica mundial e as mobilizações populares e da juventude em diversos países, o elemento marcante foi a explosão social a partir de junho de 2013. Em sua avaliação, as manifestações já se reproduziam em lutas pontuais. “Não foi do nada, há precedentes, como o aumento de mobilizações e a greve, em ao menos 20 estados, dos trabalhadores em educação, em 2012, a greve unificada dos servidores federais e também as greves nos canteiros das obras do PAC”, ressaltou Rizzo.

A partir de então, o Brasil voltou a ocupar um papel central com as manifestações que se iniciaram contra o aumento das passagens e levaram milhares às ruas. Os manifestantes enfrentaram o forte aparato policial e a repressão às mobilizações. Neste contexto, a presidente Dilma Rousseff ofereceu apoio da Força Nacional aos estados. “Fez um treino de repressão na Copa das Confederações”, frisou.

Rizzo lembrou que junho representou uma virada na situação política. Com o crescimento das lutas, houve um esforço da CSP-Conlutas “em ajudar a classe organizada a se mobilizar e atuar nessas manifestações, com atos nos dia 11 de julho, em 30 de agosto e contra o PL 4330, das terceirizações”, comentou. O diretor do ANDES-SN ressaltou que a tarefa da Central é seguir buscando a unidade para lutar, “com as entidades do Espaço de Unidade de Ação realizamos a marcha de 24 de abril. Junto com as centrais, fizemos em 11 de julho e 30 de agosto paralisações e atos. Realizamos um seminário em Porto Alegre também em julho, quando buscamos articular nossas ações e ampliá-las”, disse. Para Rizzo, com todas essas lutas, “os movimentos saem revigorados, mas ainda temos muito a avançar. O desafio para 2014 é de ajudar a termos um movimento de classe forte no Brasil”, finalizou.

Desafios da Central

Cacau enfatizou que a Central tem como tarefa projetar, ainda em 2013, as ações para 2014, além de destacar a importância deste ano para as lutas, pois, mesmo com uma forte crise na Europa e no Oriente Médio, o Brasil não estava na mesma sintonia. Para ele, essa aproximação ocorreu após as manifestações de junho. A atuação da CSP-Conlutas, antes mesmo de junho, também foi ressaltada pelo dirigente. “Houve um esforço da Central para apoiar as lutas, estimulá-las e impulsioná-las”, resgata.

O dirigente frisou que 2014 será de “muita luta social e não apenas um ano de eleições”. A característica das lutas dos trabalhadores não vai se resumir apenas por aumento salarial. As bandeiras de junho traziam temas políticos e questionavam os gastos com a Copa, a corrupção, e pediam mais investimento na educação e saúde. Na opinião de Cacau, as reivindicações serão reavivadas no próximo ano. “Temos que unificar essas lutas, por um programa alternativo para transformações mais profundas. Devemos combater a criminalização, que vai se intensificar com a lei geral da Copa, que é praticamente lei de exceção. Devemos nos preparar para muitas mobilizações”, orientou.

Ao final, o dirigente apresentou a proposta de realização, nos dias 21 a 23 de março de 2014, de uma Coordenação Nacional representativa da Central e uma plenária conjunta com as organizações parceiras do Seminário de Porto Alegre – CUT Pode Mais, Feraesp, Setor majoritário da Condsef – e a Conafer. Estas atividades terão como objetivo armar a intervenção da Central em 2014 e no encontro que está programado para a Cúpula dos BRICs em Fortaleza. A articulação está sendo assumida pela Rede Jubileu Sul, pelos comitês dos Atingidos pela Copa e a proposta é que nossa Central se integre.

Reforma Agrária

No sábado (23), o debate envolveu questões relacionadas aos trabalhadores do campo e a luta contra o agronegócio. A diferença de realidades entre a implantação do agronegócio no Brasil e o alto investimento destinado a esse setor pelos governos, enquanto milhares de trabalhadores do campo são submetidos às péssimas condições de trabalho, foram destacadas durante as discussões. A denúncia de mortes e acidentes em locais de trabalho, a urgência da reforma agrária, a luta contra o agronegócio na Amazônia e a importância da agricultura familiar também foram abordadas no debate.

Movimento negro, violência e questão racial

Na semana da Consciência Negra, em que centenas de pessoas marcharam nas periferias do país e levaram para as ruas a exigência “Pelos Amarildos, da Copa eu abro mão”, a reunião da Coordenação Nacional cedeu espaço para a mesa que debateu sobre o movimento negro, a violência e a questão racial.

A mesa foi composta pelo dirigente do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, Julio Condaque, a companheira do pedreiro Amarildo, Elisabeth Gomes Silva, pelo integrante da Frente Nacional Quilombola, Nelson Morales, e pela integrante do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe de São Paulo, Tamiris Rizzo.

* Com informações da CSP-Conlutas

Fonte: ANDES-SN



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