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Sindicato de professores de SP critica proposta de reforma na educação



'É positivo, mas muito pouco', pondera professora da PUC-SP.Prefeitura lançou projeto com mudanças na avaliação do ensino
A proposta de reforma educacional municipal, anunciada pelo prefeito Fernando Haddad e pelo secretário de Educação nesta quinta-feira (15), foi alvo de críticas pelo sindicato dos professores. Especialistas ouvidos pelo G1 apontaram avanços no plano, mas listaram problemas como a falta de medidas para valorizar os profissionais que cumprirão as medidas.

 O tema está em discussão e tanto moradores quanto profissionais poderão enviar sugestões antes das mudanças serem implementadas. A população paulistana terá até 15 de setembro para enviar comentários sobre os itens sugeridos através do site www.maiseducacaosaopaulo.com.br.

Para Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), a reforma atende ao "clamor público", mas é vazia em estratégia para melhorar a qualidade da educação.

"A proposta padece, tem problemas por uma questão de método. Os profissionais de educação não foram consultados. Diretores, coordenadores e professores, que são quem aplicam a política educacional em São Paulo, não foram ouvidos. Foi feita no silêncio, escondido, a poucas mãos, por técnicos."

Voltado a todos os níveis de ensino, o programa inclui mudanças como a divisão do ensino fundamental em três ciclos, em vez dos dois atuais, e a retomada da obrigatoriedade da lição de casa, boletins e provas bimestrais, entre outros.

Além disso, propõe a possibilidade de repetência em cinco estágios do ensino básico e cria um sistema de dependência (popularmente conhecido como "ficar de DP"), quando o aluno é reprovado em algumas disciplinas, mas passa de ano e, na série seguinte, tem que cursar aulas de recuperação específicas.

Segundo o presidente do sindicato, a administração municipal retratou de forma falaciosa a situação do ensino e ofendeu os profissionais que atuam no setor. "O governo mente ao dizer que não existe lição de casa, recuperação paralela, que o ensino não é organizado em ciclos. A progressão é continuada, e do jeito que apresentaram o projeto, fraudam a realidade e ofendem os profissionais. Passam para a população que a escola é só uma edificação física amontoada de gente."

A Prefeitura ressaltou, durante o lançamento da proposta, que a capital paulista ocupa o 35º lugar entre 39 municípios da região metropolitana quanto aos indicadores de ensino.

 Fonseca defende que a proposta prega a reprovação enquanto deveria prezar pelo aprendizado. "Institui reprovações. E o Paulo Freire [educador brasileiro] propunha "como faço para aprender?". Ele espera que a categoria possa ser recebida pela secretaria municipal de educação nos próximos dias.

Para Helena Albuquerque, professora do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), houve avanços. "O que foi anunciado é positivo, mas muito pouco", disse. Segundo ela, as alterações ignoram problemas crônicos do ensino público. "Nunca se valoriza o professor, o diretor da escola. Não é fazer medida e achar que a mudança vai acontecer por mágica", afirma.

A docente acredita que as melhorias nos resultados só serão consistentes quando o governo priorizar a redução do número de alunos por turma, reajustar os salários dos profissionais, e oferecer capacitações que atendam as necessidades de cada escola, respeitando as características da comunidade que as instituições atendem.

"O governo não pode detalhar a ação cotidiana da escola. Cada escola é única. Não dá pra padronizar, querer homogenizar uma coisa que é heterogenia pela própria natureza."

Reestruturação

 A diretora executiva da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz, é mais comedida nas críticas. Ela considera "simpática" a proposta, e acredita que o governo pretende organizar o ensino de uma forma mais eficiente. Pondera que o desafio, agora, é na aplicação das mudanças.

"A Prefeitura de São Paulo está fazendo uma primeira fase de arrumação. Primeiro arrumando um pouco o que é o básico. Não tem nenhuma proposta revolucionária, e não é disso que São Paulo precisa. É importante que a gente consiga fazer o básico bem feito".

Uma das sugestões destacadas pela executiva é a criação do ciclo intermediário no ensino fundamental, que o governo Haddad batizou de ciclo de interdisciplinaridade. "O ciclo intermediário pode ser solução para reduzir a evasão do sexto para o sétimo ano. A repetência é alta no início do [ensino] fundamental II. Passar do modelo de um professor só para vários professores pode bagunçar um pouco."

 Priscilla lembrou que municípios como o Rio de Janeiro já têm algum tipo de iniciativa para amenizar esse impacto. "No Rio o aluno do sexto ano ainda tem o professor âncora. Isso deu muito certo no Rio, que avançou no Ideb no fundamental II."

Outra novidade que ela aprovou é o retorno do envio de boletins escolares aos pais. Para ela, a medida é fundamental. "Família tem que ter contato com a escola. É surpreendente São Paulo não ter um boletim. É outra arrumação que é bacana", explicou.

Fonte: Jornal da Ciência



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