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Docentes debatem a conjuntura no primeiro dia do 58º Conad



A plenária Movimento Docente e Conjuntura: avaliação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 32º Congresso, realizada na tarde desta quinta-feira (18), encerrou os trabalhos do primeiro dia do 58º Conad, sediado em Santa Maria (RS). As análises convergiram para a necessidade de o movimento docente assumir o protagonismo junto aos recentes movimentos que tomam o país.
Além disso, também foi unânime o reconhecimento de que as pautas que emergiram das ruas são, na verdade, antigas reivindicações construídas pelo ANDES-SN e por outros movimentos sindicais e sociais organizados.

Outro entendimento geral é que as Seções Sindicais precisam reforçar o trabalho junto às suas bases e a articulação com outras entidades em suas regiões, na construção das atividades para este segundo semestre. No dia 6 de agosto, está marcada uma atividade nos estados e no Distrito Federal (DF) contra o chamado Projeto de Lei das Privatizações (PL 4330), que permite a terceirização das atividades-fim das empresas e instituições públicas. No dia 30, há acordo entre as oito centrais sindicais e outros movimentos sociais sobre a convocação de um dia de greves, paralisações e mobilização geral em todo o país.

Para os docentes, as consequências da crise estrutural do capital, cada vez mais aguda, foi o estopim das recentes manifestações sociais.

Elementos da crise foram antecipados no 32º Congresso

A presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, apresentou o texto da Diretoria do Sindicato Nacional divulgado no Caderno de Textos. De acordo com a Direção do ANDES-SN, os últimos meses confirmaram os apontamentos feitos durante o 32º Congresso quanto à dinâmica econômica e social. Na ocasião, o Congresso definiu como centralidade da luta em 2013 a “Defesa do caráter público e gratuito da Educação, condições de trabalho, salários dignos e carreira para os docentes, ampliando a organização da categoria no Andes-SN e a unidade classista dos trabalhadores”.

O texto também avança na análise sobre o comprometimento do governo brasileiro com o grande capital. Prova disso são as sequenciais privatizações não só de estradas e aeroportos, mas, principalmente, da saúde e da educação, o que também é demonstrado pelo descaso do governo em atender às reivindicações dos trabalhadores dos dois setores.

Contribuições das Seções Sindicais

Luciana Boiteux (Adufrj) apresentou a contribuição da Seção Sindical sobre o tema, publicado no Anexo ao Caderno de Textos, e afirmou que o Rio de Janeiro foi um “palco privilegiado” das manifestações de junho, mas que também “viu crescer a repressão das forças do Estado”.

Luciana destacou que a luta pela redução das passagens - conquistada após uma semana de protestos - demonstrou que a insatisfação popular dizia respeito à falta de financiamento em serviços públicos. Ao longo das manifestações, a pauta geral do movimento passou a reivindicar também a qualidade na saúde e na educação públicas. Para a docente, as propostas de pacto do governo federal apenas têm o objetivo de tirar o foco das reais demandas da população.

Eblin Farage (Aduff), também apresentou um texto de avaliação, formado pela Diretoria da Seção Sindical. A Medida Provisória 614, que regulamenta alguns pontos da carreira docente, também fez parte da análise como mais um ponto de fragilização da carreira e “um forte ataque à Dedicação Exclusiva”.

A violência do governo estadual do Rio de Janeiro, que reprime as manifestações com violência cada vez maior, também foi destacada por Eblin. “Utilizar o caveirão nas ruas, durante as passeatas, choca. Atirar com balas de borracha ou de verdade, choca. Mas isso é feito cotidianamente nas comunidades. Há uma ação deliberada de reprimir a classe trabalhadora e isso começa nas favelas”. Para a professora, um dos grandes desafios do movimento docente é reorganizar a classe trabalhadora numa luta que ultrapasse as entidades e as lutas corporativas.

Alexis Leite (Adufpi) explica que a contribuição da Seção Sindical publicada no Caderno de Textos é uma interpretação da realidade. “É necessário convocar os professores para ajudar a construir a solidariedade na categoria e entre categorias”, destacou, ao falar da importância da atuação do sindicato na formação da sociedade e do povo brasileiro.

Vilemar Gomes (Apruma), ao falar do texto sobre conjuntura da Seção Sindical, afirmou que o 58º Conad ajuda a entender como funciona a sociedade capitalista sob a ótica do lucro, fazendo referência a tragédia da boate Kiss em Santa Maria (RS). “O povo brasileiro, na cidade, campo e periferias, a partir da aplicação das políticas neoliberais, têm vivido muito mal”, complementou Claudia Durans (Apruma). Como desafio, a professora citou a mobilização dos docentes para o dia 30 de agosto. “Temos que retomar nossas pautas da greve, da carreira, e da reestruturação da universidade brasileira”.

Avaliação

Para o 1º vice-presidente da Regional Nordeste III, José Valter da Silva, que coordenou a primeira plenária, as intervenções feitas pelos docentes mostram que a base do ANDES-SN também está atenta ao que está acontecendo no país e ao novo contexto que surge com as várias manifestações realizadas em centenas de cidades brasileiras. “Esta é uma plenária muito importante porque abre as discussões do 58º Conad. As contribuições feitas pelas Associações Docentes e pela Diretoria mostram a realidade que estamos vivendo no país e dão o tom de como vamos trabalhar ao longo desses dias”.

Silva avalia que os resultados do Conselho do ANDES-SN contribuirão para fortalecer ainda mais o sindicato. “Todas as Seções Sindicais estão vindo aqui fazer a discussão para amadurecer essas temáticas e temos certeza que vamos sair mais preparados para fazer o enfrentamento aos governos que estão ai a todo momento atacando os nossos direitos”, complementou.

Para Osvaldo Coggiola, diretor do ANDES-SN, o Sindicato Nacional está enfrentando seu maior desafio em 30 anos de história. “O desafio está posto e é preciso saber como abrir um caminho independente e próprio. Não podemos ficar a reboque. Temos que definir nosso próprio rumo político para transformá-lo em um movimento de classe para um novo momento histórico no país, e para a universidade pública, gratuita, laica e de qualidade no Brasil”.

* Com colaboração de Silvana Sá (Adufrj-SSind)

Fonte: ANDES-SN



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