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  12/08/2020


Entrega de dossiê feita por Eduardo Bolsonaro aos EUA pode ser considerada crimes de lesa-pátria e traição



 

Parlamentares querem o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) seja cassado após a divulgação de que ele teria enviado à embaixada dos Estados Unidos a cópia de um dossiê sobre militantes antifascistas, incluindo docentes universitários. A informação foi revelada, na segunda-feira (10/08), pelo colunista do portal UOL Rogério Gentile.

 

O dossiê não é o mesmo que o relatório do Ministério da Justiça que elencou 579 servidores federais e estaduais e três professores universitários e também revelado pelo portal UOL. O documento entregue pelo filho do presidente Jair Bolsonaro foi feito informalmente e contém 56 laudas com dados pessoais e fotografias de quase 1 mil pessoas, consideradas “terroristas”.

 

O arquivo que teria sido entregue ao EUA inclui informações de centenas de pessoas e foi elaborado pelo deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP), que confirmou ter transmitido o dossiê às autoridades americanas, junto com Eduardo Bolsonaro. Os deputados da oposição falam em crimes de lesa-pátria e traição cometido pelos parlamentares, ao conspirarem com estrangeiros.

 

Deputados federais do PSOL, do PT e do PCdoB apresentaram, na terça-feira (11/08), um ofício à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados (CREDN) pedindo esclarecimento por parte de Eduardo Bolsonaro, presidente da comissão, sobre o dossiê. “Em nosso entender, se verdadeiro, este gesto se configura como endosso a uma iniciativa autoritária que imputa crimes sem provas e expõe dados pessoais de centenas de cidadãs e cidadãos brasileiros”, afirmam os parlamentares signatários do texto.

 

“Além de um desvio ético das atribuições parlamentares, a entrega deste dossiê aos EUA materializa uma lamentável subserviência àquele país, adversa aos fundamentos de nossa República e aos princípios que devem reger nossas relações internacionais, ambos expressos em nossa Constituição Federal”, apontam. “No Estado Democrático de Direito, é inaceitável a perseguição de movimentos sociais, militantes e intelectuais para atender aos interesses políticos dos aliados do Presidente da República”, completam.

 

Deputado reafirma

 

 “Os grupos subversivos e violentos ‘antifas’ atuam em diversos países e, em todos eles, seguem o mesmo modus operandi, que consiste no uso de violência e outros crimes para intimidar, calar e eliminar fisicamente grupos ou indivíduos não alinhados à sua visão política”, disse o deputado Douglas Garcia à Justiça, segundo o portal UOL.

 

Nas redes sociais, Garcia relembrou um vídeo publicado em 2 de junho, em que ele já relatava o monitoramento dos “autodenominados antifas”, com foto, nome e sobrenome. Na ocasião, ele também chamou os movimentos antifascistas de “grupos de extermínio” e avisou que os denunciaria à embaixada americana, dizendo que estava fazendo um ato de “promoção da cultura de paz e segurança entre as duas nações”.

 

“Vocês lembram que o senhor presidente Donald Trump, no dia 31 de maio, anunciou que os Estados Unidos da América passarão a reconhecer o grupo antifa como organização terrorista? Pois bem, estou enviando, senhores, para a embaixada dos EUA e alguns consulados aqui no nosso País para que eles tenham ciência: um dossiê com o nome das pessoas em território brasileiro, com suspeitas de associação e participação ativa nesses grupos”, afirmou, na época, citando nominalmente Eduardo Bolsonaro e o deputado estadual Gil Diniz como colaboradores em uma ação conjunta.

 

Em novo vídeo divulgado no último dia 10, Garcia afirma que “não existe crime nenhum nisso que foi feito” e voltou a admitir que entregou o dossiê aos americanos. Eduardo, que é chefe da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, compartilhou em sua rede uma das publicações de resposta de Douglas Garcia.

 

Fontes: Carta Capital, Rede Brasil Atual e Revista Fórum com edição da ADUA

 

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