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  15/03/2023


VII Seminário Estado e Educação do ANDES-SN fortalece categoria para a luta



 

Com tema central “O projeto do Capital para a Educação: como enfrenta-lo?”, o VII Seminário Estado e Educação, realizado de sexta-feira (10) a domingo (12) reuniu cerca de 160 docentes de todo o país para debate sobre os diferentes ataques contra a Educação Pública. Precarização das condições de ensino e aprendizagem, militarização das escolas, Novo Ensino Médio, Base Nacional Curricular de Formação (BNCF), plataformização e intensificação do trabalho docente, Política de Cotas e o racismo estrutural na Educação estiveram entre os temas abordados nos três dias de intensas atividades.  O encontro foi realizado na Universidade Estadual do Ceará (Uece), organizado em conjunto com a Seção Sindical de Docentes da Uece (Sinduece SSind.).

 

A mesa de abertura foi composta pela presidente do ANDES-SN, Rivânia Moura, pela representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Jéssica Rebouças, pelo representante do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal, de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SindIFCE), Valmir Rebouças, pelo presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc Sindicato), Bruno Anderson, pelo presidente do Sinduece SSind, Nilson Cardoso e pela 1ª vice-presidente da regional Nordeste 1 e da coordenação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do ANDES-SN, Sâmbara Paula.

 

Em sua fala, a presidenta do ANDES-SN destacou os ataques impostos à classe trabalhadora no último período e o papel do Estado como agente fundamental na garantia de uma Educação de qualidade.

 

“Nessa sociedade, a gente precisa se perguntar qual o lugar da educação para a classe trabalhadora. Isso é pensar Estado e Educação (...). O ANDES-SN tem cumprido papel fundamental para pensar a Educação no nosso país, para desvelar o projeto do Capital para a Educação”, destacou Rivânia Moura, concluindo sua fala com as palavras de Paulo Freire: “Ser professor, ser professora, e não lutar é uma imensa contradição”.

 

Na Mesa com tema central do encontro, a docente Ana Carolina Galvão, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e o docente Justino de Sousa Junior, da Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentaram reflexões sobre os diferentes processos capitalistas que aprofundaram a mercantilização da Educação.

 

 “O projeto do Capital para a Educação não pretende uma educação emancipadora para a classe trabalhadora”, afirmou Ana Carolina, apontando que os atores do Capital atuam não apenas na privatização do acesso à educação e precarização das condições de ensino e aprendizagem, mas também interferem na formatação dos currículos, conteúdos e na política educacional.

 

De acordo com a 1ª vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN e da coordenação do GT de Política Educacional do sindicato, Elizabeth Barbosa, o seminário permitiu aprofundar as reflexões para além dos temas das mesas, como por exemplo a futura discussão sobre novo Plano Nacional de Educação, que, na sua percepção, estará ainda mais direcionado para a mercadorização da Educação.

 

“Esse sétimo seminário Estado e Educação teve uma importância muito grande para esse momento que estamos vivendo na conjuntura, com ataques às políticas educacionais, cortes orçamentários, em meio a nossa campanha pela recomposição orçamentária da Educação. Abrir o seminário pensando que projeto é esse de Educação que o Capital traz e como que enfrentamos isso foi muito acertado”, avaliou Elizabeth.

 

Os encaminhamentos propostos pelos grupos de trabalho serão sistematizados pelo GTPE em reunião nacional com data a ser convocada.

 

O encontro docente foi encerrado com um chamado para que todas e todos fortaleçam a organização, através de suas seções sindicais, do Dia Nacional de Luta pela Revogação do Novo Ensino Médio, na quarta-feira, 15 de março.

 

 

Cultura da Resistência

 

As atividades do seminário também enfatizaram que a arte é um dos instrumentos para enfrentar o Capital. A programação contou com uma série de intervenções artísticas, que destacaram a luta contra a violência de gênero e pela vida das mulheres. Um grupo de professoras interpretou uma letra do grupo Maracatu Nação Fortaleza, em homenagem à Maria Carolina de Jesus e à Marielle Franco. Em outro momento de performance musical e teatral, foi realizada apresentação de mulheres integrantes do grupo do programa de Acolhimento Humanizado a Mulheres Vítimas de Violência na Uece.

 

 

No segudo dia de atividades, a estudantes da Uece, Vitória Cristiny, recitou uma poesia autoral, escrita para o evento.


...“e quanto mais de nós ficarão
e quantas outras se calarão
tendo que rasgar o peito pra ter acesso à educação

tendo sua trajetória banalizada entendendo que a educação vem da troca entre o capital e o patrão
quantos de nós já sacrificamos pra hoje tá aqui
vinda de escola pública eu sempre sabia que o inverno era o tempo de não ir pra escola
a gente ocupou aquele lugar ali
sendo por muitas vezes julgada, massacrada, violentada, mas nosso peito pedia luta pra um dia a justiça existir”, diz um trecho do poema que pode ser lido na íntegra aqui. 

 

Fonte: com informações do ANDES-SN 

 

 

 

 



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