Em meio ao colapso no sistema de saúde do Amazonas, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse em entrevista à CNN Brasil, na quinta-feira (14/01), que irá recorrer da decisão de suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Estado. A Justiça Federal suspendeu a realização e determinou que a prova deve ser aplicada apenas após o fim do estado de calamidade pública, decretado pelo governo amazonense.
No mesmo dia da declaração do MEC, a situação em Manaus se agravou. Profissionais de saúde relataram que diversas instituições estão sem oxigênio para atender a população. Áudios e vídeos com as declarações circularam pelas redes sociais.
Na declaração do ministro da educação à CNN Brasil, adiar o exame agora seria atender expectativas de uma “minoria barulhenta”. No site oficial, o MEC ainda comemorou a decisão da Justiça Federal em São Paulo que negou o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) para o adiamento da prova em todo o país. A DPU recorreu da decisão, que foi mantida pelo Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3).
Ao determinar a suspensão da aplicação do Enem no Amazonas, o juiz federal Ricardo Augusto de Sales determinou multa em caso de descumprimento e a intimação pessoal do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para que o mesmo não libere o acesso às instalações das escolas públicas estaduais para a realização das provas nos dias 17 e 24 de janeiro.
#AdiaENEM
O ANDES-SN, outras entidades sindicais, movimentos sociais e a sociedade em geral vêm pressionando o governo pelo adiamento do Enem. Além dos estudantes não terem tido o preparo adequado para a prova devido à pandemia e estarem em situação de tensão, a compreensão é de que não é possível garantir condições adequadas para preservar a saúde dos estudantes e daqueles que trabalharão na aplicação do exame.
Em circular emitida nesta quinta-feira, o Sindicato Nacional se posicionou sobre a situação. “Coerentes com a nossa história e trajetória de lutas em defesa da educação e dos direitos sociais, estamos chamando o ADIA ENEM. No entanto, caso mantida a realização das provas, construiremos os atos dos dias 17 e 24 de janeiro, conclamando as seções sindicais do ANDES-SN a se juntarem a esta imprescindível atividade de denúncia”. Leia o documento completo aqui
Fonte: com informações do ANDES-SN
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