À custa dos salários e bolsas de mais de 4 mil membros da comunidade da Uerj, entre professores, alunos e técnico-administrativos, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, criou um factoide para divulgar sua campanha contra a redistribuição dos royalties do petróleo.
Após o Senado derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff à revisão dos contratos dos royalties na última semana, o governador bloqueou o sistema financeiro do Estado, impedindo pagamentos por empenho, como salários de trabalhadores contratados e bolsas.
A decisão do governo é absolutamente injustificável, já que o impacto do corte nos royalties do petróleo ao fim de 2013 será de, no máximo, 3 bilhões de reais. As receitas constantes do orçamento sancionado pelo governador para o estado neste ano totalizam mais de 72 bilhões de reais. Portanto, a revisão dos contratos dos royalties implicará em uma diminuição de receita de menos de 5%, em 2013. Logo, não há motivo real para o governo suspender o pagamento de trabalhadores e bolsistas.
A Associação dos Docentes da UFRJ (Asduerj), Seção Sindical do ANDES-SN, solicitou, por meio de ofício, na tarde desta segunda-feira (11), mais informações à reitoria sobre a suspensão do pagamento dos salários de professores substitutos, visitantes e técnico-administrativos, além das bolsas de prociência, estágio interno complementar, proiniciar, iniciação científica, proatec e extensão. A entidade adverte que, na ausência dos esclarecimentos necessários no prazo de 48 horas, irá tomar as providências cabíveis.
A Asduerj está convocando, junto com o Sintuperj e o DCE, uma assembleia comunitária para discutir o assunto, nesta quinta-feira (14), às 18h, no hall do queijo - andar térreo do Pavilhão João Lyra Filho.
* Com edição do ANDES-SN
Fonte: Asduerj - Seção Sindical |